Três mulheres acusadas de integrar um grupo conhecido pela polícia como “gangue das gordas”, especializado em furtar lojas do Centro de Belo Horizonte, foram presas depois pegar uma grande quantidade de produtos em um supermercado. Entre as mercadorias, nove perus de Natal, muito material de limpeza e produtos de beleza.
O grupo age há pelo menos 15 anos e é formado por cerca de nove mulheres. Para fazer parte da quadrilha, elas precisam estar acima do peso. Enquanto algumas ficam distraindo os vendedores, ou fazendo uma barreira com o corpo para esconder as comparsas das câmeras de vigilância, essas vão enchendo bolsas, mochilas e sacolas e colocam mercadorias também dentro das roupas que estão usando.
O sargento da PM Antônio Filho conta que já chegou a prender nove integrantes da quadrilha de uma só vez. “Estão agindo há mais de 15 anos. A mais velha hoje tem 52 anos. Todas moram no Bairro Santo André. Elas alugam armários do Centro para ir guardando o que furtam durante o dia. Por volta das 18h, elas juntam tudo que furtaram e voltam para casa de táxi”, conta o PM.
As mulheres já eram procuradas pela polícia desde 2009. Em 2012, quatro foram presas pela primeira vez, quando furtaram 60 peças em uma loja de roupas. Em abril do mesmo ano, as mesmas mulheres foram presas com 90 peças de roupas furtadas em outra loja da Avenida Paraná, quando foram flagradas pelas câmeras de vigilância.
Na ocorrência dessa sexta-feira, Elaine da Silva, de 52, Fátima Cristina da Silva, de 32, e Silvânia Lopes da Silva, de 42, furtaram um supermercado da Rua Espírito Santo, no Centro. Foram presas por volta das 20h, quando se preparavam para voltar para casa.
As mercadorias apreendidas com elas não tinham nota fiscal. O gerente do supermercado confirmou o furto. Ao serem presas, as mulheres disseram que só dariam depoimento em juízo e foram levadas para a Central de Flagrantes da Polícia Civil (Ceflan 2).
Elaine e Silvânia estavam entre as quatro presas em abril de 2012. Na época, elas agiram com Zélia da Conceição Gomes, de 70 anos, e Alessandra Cristina Lima da Cunha, de 37. As quatro se aglomeraram perto das roupas em uma loja, como se estivessem comprando, e uma delas ia escondendo as peças em bolsas e mochilas. O modo de agir é bem organizado, segundo a polícia