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Estado de Minas

Protesto contra a PEC 55 transforma Antônio Carlos em praça de guerra

Manifestantes contrários à PEC 55 colocaram fogo em objetos na via. Trânsito foi interditado no sentido Centro, na pista de carros, e totalmente no corredor do Move


postado em 07/12/2016 19:45 / atualizado em 07/12/2016 23:56

Ver galeria . 20 Fotos Policiais usam balas de borracha contra estudantes da UFMGTúlio Santos/EM
Policiais usam balas de borracha contra estudantes da UFMG (foto: Túlio Santos/EM )

 A Avenida Antônio Carlos se transformou em uma praça de guerra na noite de ontem, em frente a portaria da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na Pampulha, em Belo Horizonte. De um lado, policiais militares do Batalhão de Choque disparando tiros de borracha e bombas de efeito moral e gás lacrimogênio. Do outro, um grupo de manifestante em mais um protesto contra a PEC 55.


Os manifestantes fecharam a pista sentido bairro/centro por volta das 17h. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, os ativistas colocaram fogo em pneus e outros objetos. Cerca de 50 policiais militares foram para o local para conter manifestantes e liberar a via.

O trânsito ficou congestionado nos dois sentidos da via e atrasou a volta de muitos motoristas para casa. Como era véspera de feriado, muita gente se atrasou para a viagem. A pista sentido bairro e também foi afetada, assim as do MOVE. O congestionamento sentido MG-010 chegou ao Bairro Cachoeirinha, na Região Noroeste.

Por volta das 18h20, mais de dez carros e dois microônibus da PM chegaram com militares de dois pelotões do Batalhão de Choque. O capitão Henrique, do Batalhão de Choque, conta que os manifestantes bloqueram a avenida com barricadas e fogo. Os manifestantes estavam com os rostos cobertos.

O capitão conta que tentou negociação com os manifestantes por mais de 40 minutos, para que liberassem a avenida, mas que eles estavam irredutíveis. “Tivemos que usar gás lacrimogênio e eles arremessaram pedras nos militares”, disse o militar. Não houve prisões e nem relato de feridos.

Os estudantes ficaram posicionados dentro do campus da UFMG, junto ao portão principal. Eles somente se acalmaram com a chegada de um dos reitores e do diretor de segurança. Os estudantes disseram que a PM pediu a liberação da pista, mas que eles liberaram apenas uma faixa, mas, mesmo assim, o trânsito continuou parado por causa dos carros da PM.

Protesto contra PEC teve início em frente portaria da UFMG (foto: Joana Gomes/Divulgação)
Protesto contra PEC teve início em frente portaria da UFMG (foto: Joana Gomes/Divulgação)
“A gente se recusou a liberar mais de uma faixa e a PM partiu para cima da gente com bombas de efeito moral e atirando balas de borracha. Teve gente que levou tiro de borracha e estilhaços de bomba”, relatou um estudante que estava com o rosto coberto e não quis se identificar.

Exatamente às 21h, a PM avançou contra os manifestantes para liberar a entrada da universidade. Houve mais disparos de bombas de efeito moral e de gás lacrimogênio. Os estudantes reagiram jogando pedras. Nesse momento, o trânsito estava liberado na avenida e motoristas ficaram assustados com o barulho dos tiros e das pedras arremessadas. Há relatos que alguns carros chegaram a ser atingidos pelas pedras.

Os manifestantes correram para o interior da UFMG e os PMs continuaram por mais algum tempo na portaria, arremessando bombas e gás lacrimogênio. Depois, a PM foi embora.


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