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Estado de Minas

BHTrans não desiste de alteração na Praça ABC

O projeto foi interrompido diante de reação contrária da população local, insatisfeita com a nova configuração


postado em 30/10/2016 06:00 / atualizado em 30/10/2016 07:14

Intervenção no entorno da Praça ABC não agrada moradores da região(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
Intervenção no entorno da Praça ABC não agrada moradores da região (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)

O presidente da BHTrans, Ramon Victor Cesar, quer retomar, ainda neste ano, as obras para fechar a Rua Cláudio Manoel na altura da Praça Benjamin Guimarães, também conhecida como ABC, no cruzamento com as avenidas Afonso Pena e Getúlio Vargas, Bairro Funcionários, Centro-Sul de Belo Horizonte. Esse é o último eixo do Mobicentro na Avenida Afonso Pena, que já teve outras quatro intervenções desde o início do programa. Porém, o projeto foi interrompido diante de reação contrária da população local, insatisfeita com a nova configuração. O projeto prevê o fechamento da Cláudio Manoel e desvio do trânsito em direção à Savassi e ao Centro para a Rua Piauí e Avenida Getúlio Vargas. Com a mudança, a Piauí deixaria de ser uma via local e passaria a receber tráfego de passagem, enquanto o último quarteirão da Cláudio Manoel antes da Praça ABC viraria um trecho local.

“Nós vamos voltar à ABC. Conversamos muito com os moradores e com o Ministério Público. Uma parte (da população) preferiu propor coisas que nós estamos avaliando, mas ali haverá um ganho enorme para a cidade. Para o tráfego do eixo Afonso Pena e Getúlio Vargas e para as pessoas que andam a pé. Surge uma pracinha nova e tira-se um tempo semafórico (da Afonso Pena com Getúlio Vargas)”, defende o presidente da BHTrans. O primeiro anúncio sobre a mudança foi feito em julho do ano passado, mas a questão não andou, devido à necessidade de licença ambiental, já que as mudanças demanda corte de árvores. Depois disso, moradores se organizaram e acionaram o Ministério Público, sustentando que as intervenções não teriam sido discutidas com a população e piorariam a qualidade de vida na região.

Em agosto, a BHTrans suspendeu as intervenções, sob o argumento que estava estudando as sugestões feitas pela população. Houve também manifestação no local, em que moradores levaram faixas denunciando não ter havido diálogo para mudar a configuração do tráfego na região. Segundo Maria Inês Valadares, de 67 anos, moradora da Rua Piauí, a BHTrans ficou de mostrar à comunidade os motivos e benefícios das mudanças. “Uma reunião com a presença do Ministério Público deve ocorrer depois de 16 de novembro, quando a promotora volta de férias. Acho que essa mudança vai causar um novo gargalo no cruzamento da Piauí com a Getúlio Vargas e vai piorar muito a circulação na região”, avalia.

Segundo a BHTrans, quatro sugestões foram feitas ao projeto, sendo que uma delas seria sinalizar a Rua Piauí de forma a dividir o tráfego em direção ao Centro e rumo à Savassi. A meta é evitar sobrecarga em um dos dois quarteirões da Piauí, o que será mais afetado pela mudança. O consultor em transporte e trânsito Osias Baptista acredita que a eliminação de um tempo de semáforo na Praça ABC vai melhorar a circulação na região, além de aumentar a segurança de pedestres. Porém, ele destaca que esse tipo de modificação sempre vai prejudicar uma parcela da população. “A reclamação dos moradores é absolutamente compreensível. O grande desafio é estudar uma forma de atender aos dois lados”, afirma.


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