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Estado de Minas

Homem é baleado no Barro Preto após prestar depoimento no Fórum Lafayette

Vítima foi surpreendida por um atirador ao deixar o local. A suspeita inicial da PM é de briga entre gangues


postado em 26/10/2016 17:56 / atualizado em 26/10/2016 21:28


Uma tentativa de homicídio provocou medo e correria entre moradores e comerciantes da Avenida Augusto de Lima, no Bairro Barro Preto, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, na tarde desta quarta-feira. Um homem foi baleado próximo ao Fórum Lafayette depois de participar de uma audiência. A vítima foi socorrida no Hospital João XXIII, onde permanece internada. Nenhum suspeito foi preso.

Uma advogada de 28 anos, que estava no local, afirmou que o crime aconteceu por volta das 16h30. A mulher chegava para uma audiência e, quando entrava no fórum pela Rua Ouro Preto, ouviu seis tiros. A vítima, Flávio Alves Gregório Júnior, de 24 anos, estava com uma tala no braço esquerdo e com a irmã, a namorada e o cunhado.

Quando o homem chegou à esquina com Avenida Augusto de Lima, segundo a advogada, foi alvo dos tiros. Ele foi surpreendido por três homens, um deles armado. Depois que o rapaz foi alvejado, dois homens desceram a Rua Ouro Preto em direção à Avenida do Contorno. Mesmo ferida, a vítima correu pela Avenida Augusto de Lima e voltou aquando avistou uma viatura da PM, que o socorreu.

O homem foi ferido por três tiros nas costas. O estado de saúde dele é estável, segundo a PM. Levantamentos são feitos para descobrir a motivação do crime. Porém, há suspeita de acerto de contas de quadrilhas rivais. “O rapaz que foi ferido já tem passagens pela polícia, então, provavelmente, pode ser acerto de contas. Temos informações de que o atirador é morador do aglomerado do Borel, próximo ao Bairro Serra Verde, em Venda Nova”, diz o militar.

À PM, a namorada de Flávio, que já tinha sido preso por tráfico de drogas e estava em liberdade condicional, contou que ele é morador no Aglomerado do Borel e que o atirador já tinha tentado matá-lo anteriormente.

Vítima foi baleada no encontro entre a Avenida Augusto de Lima e Rua Ouro Preto(foto: Cristina Horta/EM/D.A.Press)
Vítima foi baleada no encontro entre a Avenida Augusto de Lima e Rua Ouro Preto (foto: Cristina Horta/EM/D.A.Press)
O crime assustou as testemunhas. “Como criminalista, estou acostumada a ir a presídio e a delegacias. Mas, nunca vi uma cena dessas de violência. O rapaz foi atingido na altura do peito. Estava consciente. O fórum praticamente parou e todos vieram olhar o que havia ocorrido. A irmã da vítima, que estava com o namorado, gritava desesperada: 'Porque fizeram isso? Que injustiça. Ele já pagou pelo que fez'', relatou a advogada.

Segundo a testemunha, o rapaz que foi baleado tinha acabado de participar de uma audiência na vara de execução. Em liberdade provisória, tinha que se apresentar ao juiz, oportunidade em que os rivais aproveitaram para fazer a emboscada. “Foram os mais longos 10 minutos da minha vida. Todo aquele tumulto, correria e o drama da família dele foram momentos de desespero”, afirmou a advogada.

Marcas de sangue ficaram no chão(foto: Cristina Horta/EM/D.A.Press)
Marcas de sangue ficaram no chão (foto: Cristina Horta/EM/D.A.Press)
Medo

Esta não é a primeira vez que criminosos levam terror a pedestres e comerciantes da região. Em novembro de 2013, Raphael Henrique Zerlotini Gomes, de 22 anos, foi assassinado em uma ação parecida. Ele participava de uma audiência no 2º Tribunal do Júri. Ao deixar o local, entrou em um táxi junto com a mãe. Um rival, identificado como Diego Marques Moreira, de 21, se aproximou do veículo e atirou duas vezes contra o réu. Os tiros, de uma pistola calibre 765, o atingiram no peito e na mão.

Mesmo ferido, Raphael desceu do carro e correu para o canteiro central da via. Ele chegou a ser levado ao Hospital João XXIII, mas morreu ao dar entrada na unidade de saúde.

O ajudante de bombeiro hidráulico Diego Marques Moreira foi condenado a seis anos de prisão pela morte. Diego confessou a autoria, alegando que a vítima havia ameaçado matar sua família e tinha envolvimento com o crime e o tráfico de drogas. O réu também afirmou não ser usuário de drogas e que não integrava nenhuma gangue.

 

(RG)


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