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Estado de Minas

Samarco entrega ao MP primeiro relatório sobre remoção de rejeitos de Bento Rodrigues

Com a operação, começam a emergir da lama, além de elementos histórico-culturais do local, bens das vítimas atingidas pela tragédia


postado em 06/10/2016 12:23 / atualizado em 06/10/2016 12:35

(foto: Leandro Couri/EM/DA Press - 30/03/2016)
(foto: Leandro Couri/EM/DA Press - 30/03/2016)
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) recebeu, nessa quarta-feira, o primeiro relatório de monitoramento arqueológico enviado pela Samarco sobre as atividades preparatórias para remoção de rejeitos de Bento Rodrigues, distrito de Mariana, Região Central do estado, destruído pelo rompimento da Barragem de Fundão em novembro do ano passado.

A retirada da lama foi determinada pela Justiça no âmbito de uma ação civil pública ajuizada pela Promotoria de Justiça de Defesa do Meio Ambiente e do Patrimônio Cultural de Mariana, pela Promotoria Estadual de Defesa do Patrimônio Cultural de Turístico de Minas Gerais e pelo Centro de Apoio Operacional de Meio Ambiente, Habitação, Urbanismo e Patrimônio Cultural (Caoma).

Com a operação, começam a emergir da lama, além de elementos histórico-culturais do local, bens das vítimas atingidas pela tragédia, como álbuns de fotografias, documentos, troféus, quadros, mobiliário, eletrodomésticos e outros pertences.

De acordo com o MPMG, o relatório compreende o período entre 24 e 30 de setembro. Foram consideradas três áreas para remoção do rejeito, cada uma delas com uma chamada Zona Potencial (ZP), com maior probabilidade de recuperação de elementos culturais e pertences das pessoas impactadas pelo acidente. Ao longo do processo, novas ZPs podem ser identificadas e acrescentadas à metodologia utilizada nessas áreas.

A equipe de arqueologia mantém a coleta e o resgate de todos os bens de natureza material que se encontram em superfície ou aflorados no que se entende como áreas afetadas direta e indiretamente. Conforme o Ministério Público, até o momento foram coletados vestígios de estruturas residenciais, partes de altares, imagens sacras, brinquedos, utensílios domésticos, troféus, peças de carro, móveis, material escolar, ferramentas, livros entre outros. Os bens recolhidos estão sendo cadastrados levados para o antigo ginásio poliesportivo de Bento Rodrigues, onde devem ser conservados até decisão final da Justiça.

O Ministério Público solicitou que seja utilizada metodologia de monitoramento arqueológico para a regência de todo o processo de remoção da lama de Bento Rodrigues para maximizar a recuperação dos pertences dos moradores e dos bens culturais afetados.

As equipes são orientadas a paralisar as atividades sempre que for encontrado qualquer objeto com potencial valor arqueológico ou pessoal e a comunicar ao arqueólogo de plantão sobre o item encontrado. Nesse caso, o responsável definirá pela suspensão dos trabalhos para maior investigação do seu entorno ou pela imediata remoção do objeto. Ainda segundo o Ministério Público, o acordo firmado pela mineradora em 4 de agosto também prevê a retirada de 1 milhão de metros cúbicos de lama na faixa de 30 metros ao longo dos leitos dos córregos Santarém e Ouro Fino até 31 de dezembro de 2016.

Por meio de nota, a Samarco informou que “vem cumprindo as obrigações assumidas nos acordos e ações judiciais e segue em entendimentos com o Ministério Público Estadual quanto à retirada de rejeitos”.


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