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Estado de Minas

Depois de agressão, taxistas e motoristas do Uber tiveram dia de protestos

Motoristas dos dois grupos se manifestam nas ruas de Belo Horizonte, em horários e locais diferentes, um dia depois de condutor do aplicativo ter sido agredido a facada


postado em 31/08/2016 06:00 / atualizado em 31/08/2016 07:46

Taxistas protestaram em frente à PBH e foram recebidos por assessor do governo(foto: Alexandre Guzanshe/EM/DA Press)
Taxistas protestaram em frente à PBH e foram recebidos por assessor do governo (foto: Alexandre Guzanshe/EM/DA Press)
Motoristas do aplicativo Uber fizeram carreata ontem pedindo mais segurança para a categoria. Eles se concentraram na Praça do Papa, Bairro Mangabeiras, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, e desceram a Avenida Afonso Pena. No fim da tarde, foi a vez de taxistas protestarem contra a falta de fiscalização para banir os parceiros do aplicativo, sob argumento de que a atividade é ilegal. Dezenas de motoristas de praça acamparam em frente à sede da Prefeitura de Belo Horizonte, na Avenida Afonso Pena. O impasse entre as duas categorias já se arrasta há dois anos, com idas e vindas em torno da regulamentação do uso do aplicativo no transporte de passageiros na capital mineira.


O protesto dos parceiros do Uber ocorreu em decorrência da agressão sofrida por um deles, esfaqueado na noite da segunda-feira na Avenida Cristiano Machado, em frente ao Minas Shopping, Região Nordeste da capital. Dois taxistas foram detidos suspeitos de envolvimento na agressão, mas o autor da facada conseguiu escapar.

Mais de 100 condutores do Uber passaram pelo Centro de BH buzinando e com pisca alerta ligados. Alguns prenderam balões brancos nos carros, simbolizando a paz e pedindo o fim da violência. A manifestação foi acompanhada por policiais militares do Batalhão de Choque, Batalhão de Trânsito, do 1º Batalhão da PM e guardas municipais. A dispersão ocorreu por volta das 10h30 na Praça da Rodoviária.

Desde que a empresa Uber entrou em operação na capital mineira, em novembro de 2014, várias manifestações de taxistas exigindo uma posição da Prefeitura de BH ocorreram na cidade. Os taxistas pressionaram a PBH a proibir o aplicativo e ganharam o apoio da maioria dos vereadores da capital. Uma comissão  criada para estudar a questão formulou projeto que resultou na Lei 10.900, que proibiu o funcionamento do aplicativo com a atual configuração, permitindo apenas a intermediação dos programas de celular com taxistas credenciados pela BHTrans.

Em abril, a lei foi regulamentada, mas uma série de liminares na Justiça amparou os condutores parceiros da Uber, que continuaram rodando. Na semana passada, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais informou que vai uniformizar os entendimentos sobre a questão para aplicar a decisão a todos os processos, mas ainda não há previsão para isso ocorrer.

Já os taxistas protestaram no fim da tarde. Eles fecharam parcialmente a Avenida Afonso Pena, no sentido Centro-bairro, entre a Rua da Bahia e a Avenida Alvares Cabral. De acordo com o capitão Orleans Dutra, do Batalhão de Trânsito, inicialmente os motoristas deixaram apenas duas faixas livres, uma delas a de emergência, mas depois liberaram mais uma pista.

Um grupo de quatro manifestantes foi recebido por um assessor da Secretaria de Governo de BH. Um deles, o taxista Antônio Alves Sena, disse que uma reunião com representantes da administração municipal, incluindo BHTrans e Guarda Municipal, será realizada na manhã de hoje para discutir a questão. Os motoristas decidiram, então, acampar na Afonso Pena, em frente à PBH.
Com luzes de alerta ligadas, condutores do aplicativo Uber pediram o fim da violência(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Com luzes de alerta ligadas, condutores do aplicativo Uber pediram o fim da violência (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)


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