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Estado de Minas

PF colabora com Portugal na identificação de corpos de brasileiras

Agentes buscam informações e materiais junto às famílias das três jovens assassinadas em Cascais para envio ao país europeu


postado em 29/08/2016 21:49 / atualizado em 30/08/2016 07:48

A Polícia Federal (PF) do Brasil está contribuindo com a Judiciária de Portugal para agilizar a identificação dos corpos das três mineiras mortas naquele país. Para isso, apurou o Estado de Minas, a PF solicitou informações e materiais às famílias das vítimas que possam ajudar na identificação oficial dos corpos das irmãs Michele Santana Ferreira, de 28 anos, e Lidiana Neves Santana, de 16, naturais de Campanário (Vale do Rio Doce); e de Thayane Milla Mendes Dias, que nasceu em Ataléia (na mesma região) e morava com a mãe em Nova Venézia (ES). Os corpos foram encontrados na sexta-feira, dentro de uma fossa, nos fundos de um hotel para cães e gatos, na vila Cascais, distrito de Lisboa. O principal suspeito do triplo homicídio é o auxiliar de serviços gerais Dinai Alves Gomes, ex-companheiro de Michele e também mineiro – de Novo Cruzeiro (Vale do Jequitinhonha). Ele está sendo procurado pela PF.

Em nota divulgada no fim da tarde desta segunda-feira, o Itamaraty informou que o Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado Geral do Brasil em Lisboa, acompanha junto às autoridades portuguesas os trabalhos que visam à identificação dos corpos das três brasileiras mortas naquele país. “Mas, em respeito à privacidade dos cidadãos brasileiros no exterior e de seus familiares, e em cumprimento à determinação da legislação local de que as investigações tramitem em segredo de justiça, o Itamaraty não está autorizado a divulgar mais informações sobre o caso em apreço”, alegou.

A Superintendência da Polícia Federal em Minas, também em nota, informou que, em maio, instaurou inquérito para apurar o desaparecimento das jovens Michele, Lidiana e Thayane. A corporação informa que na última sexta-feira recebeu comunicado oficial da Polícia Portuguesa de que os corpos das brasileiras “foram encontrados em Portugal”. Destaca que, “consequentemente, a PF está adotando diligências e mantendo constante troca de informações de inteligência com os órgãos de segurança daquele país, visando à célere elucidação do caso”.

Foi designado para chefiar o inquérito o delegado da PF Roberto Câmara. A reportagem apurou que, a pedido da Polícia Judiciária de Portugal, a PF tenta juntar elementos, a serem enviados para o país lusitano, visando à identificação dos corpos. O carreteiro Galvane Palmela Galvão, pai de Thayane, informou que encaminhou para a Polícia Federal um molde de um aparelho ortodôntico e uma foto que mostra tatuagens no corpo da filha, a serem encaminhados para Portugal, para a identificação.

O carreteiro informou que ainda nesta segunda-feira viajaria para Belo Horizonte, onde pretende procurar o delegado Roberto Câmara, amanhã, para levantar mais informações sobre a morte da filha. Ele também quer contribuir com as investigações.

Galvane disse que recebeu informações de que, em fevereiro, logo depois do desaparecimento das três jovens, Dinai Alves Gomes retornou para o Brasil e, na mesma ocasião, prestou depoimento à Polícia Federal, em Belo Horizonte, alegando desconhecer o paradeiro de Michele, Daiana e Thayane. Ainda na mesma oportunidade, Dinai forneceu como seu endereço uma casa no Bairro Ouro Preto, na capital, onde mora uma irmã de outra companheira dele em Novo Cruzeiro, da qual ele escondia o relacionamento com Michele em Portugal.

Conforme apurou o EM, o suspeito do triplo homicídio é natural do distrito de Capão, município de Novo Cruzeiro, distante cerca de 35 quilômetros da sede. De acordo com moradores, há algum tempo que ele não é visto na região.

O pai de Thayane disse que não tinha conhecimento do relacionamento da filha com Daiana. Afirmou que também não acredita que Dinai tenha cometido o crime motivado por homofobia. Segundo ele, uma amiga da família que mora em Portugal teria contado que o auxiliar o auxiliar de serviços gerais tinha ameaçado matar Michele caso ela engravidasse – quando desapareceu, ela estava grávida de três meses. “Acho que as meninas morreram porque estavam no lugar errado e na hora errada”, disse o carreteiro, que, apesar da declaração, disse que não acredita que Thayane e Daiana tenham sido mortas como “queima de arquivo”.
RB


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