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Estado de Minas

Com atraso, obra do Terminal Move Bernardo Monteiro chega à reta final

Retirada de tapumes expõe as estruturas de terminal no Bairro Santa Efigênia, que deve ficar pronto no fim do ano


postado em 23/08/2016 06:00 / atualizado em 23/08/2016 07:24

Uma das obras mais arrastadas do sistema, o Terminal Move Metropolitano Bernardo Monteiro vai atender 3,8 mil passageiros por dia(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Uma das obras mais arrastadas do sistema, o Terminal Move Metropolitano Bernardo Monteiro vai atender 3,8 mil passageiros por dia (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press)
Os tapumes que bloqueavam a visão de uma das obras mais arrastadas do BRT/Move foram retirados revelando as áreas de manobra e as estruturas metálicas do Terminal Move Metropolitano Bernardo Monteiro, no Bairro Santa Efigênia, Região Leste de BH. Apesar de a construção estar em fase final, a abertura dos tapumes mostra um esqueleto ainda sem vidros e equipamentos elétricos, que não vai ficar pronto dentro do último prazo estipulado pela Secretaria de Estado de Transportes e Obras Públicas (Setop), a vencer no mês que vem. A própria pasta reconhece agora que só conseguirá operar a estrutura no fim deste ano. Enquanto isso, os comerciantes que têm seus negócios nos quarteirões interditados amargam prejuízos. Passageiros que poderiam ser beneficiados ainda enfrentam o terminal improvisado na Rua Aarão Reis, no Centro, 800 metros distante da Avenida Bernardo Monteiro. No espaço em obras ainda estão sendo reconstruídos os passeios de dois quarteirões, enquanto a edificação propriamente dita vai tendo suas vigas de aço soldadas. Quando estiver pronto, o terminal, que custou R$ 11,5 milhões, vai atender a 3,8 mil passageiros por dia.

A obra, cujos tapumes foram retirados na semana passada, está num espaço de 7.200 metros quadrados e é uma das mais demoradas do sistema BRT de Belo Horizonte, pois está sendo feita desde abril de 2014, num tempo total consumido de 876 dias. Para se ter uma ideia da delonga, o BRT/Move do Centro foi concluído em 655 dias. Tirando-se por média o tempo por área construída, as obras feitas nos 31 mil metros quadrados das avenidas Santos Dumont e Paraná tiveram um ritmo de 47 metros quadrados por dia, enquanto o passo na Avenida Bernardo Monteiro por enquanto está em 8,2 metros quadrados diários. Ou seja, o ritmo de construção médio do BRT/Move que ainda é construído chega a ser quase seis vezes mais lento que o da Estação Central.

Essa média traz, no entanto, uma sensação falsa de continuidade, uma vez que a obra do BRT/Move enfrentou diversas paralisações, sendo a mais longa delas em 2014, por nove meses. A visão de abandono levou até os motoristas de vans de secretarias municipais de saúde que levam pacientes para a capital a usarem os espaços como estacionamento ao longo do dia. Agora, mesmo sem os tapumes, só podem entrar veículos credenciados no espaço. Por outro lado, os pedestres podem passar e muitos ficam confusos com os labirintos de corredores formadas pelas redes de plástico usadas para demarcar os canteiros de trabalho. Passam muito perto das escavadeiras que circulam por todo o espaço e também dos carrinhos dos operários da construção civil.

As linhas com partida dos terminais Morro Alto (502H), Vilarinho (512H), Justinópolis (522H e 523H), São Gabriel (402H) e São Benedito (412H e 413H) vão utilizar o Terminal Bernardo Monteiro, possibilitando acesso à Região dos Hospitais e ao Hipercentro de BH. Outros beneficiados diretos com a conclusão das obras são os comerciantes que amargam dificuldades de acesso e logística devido às intervenções. O gerente da Funerária Santa Casa, Eduardo Silva, conta que são diversos transtornos. “Estamos ansiosos com o término dessa obra. Para ter uma ideia já tivemos de descer urnas a pé com o caminhão parado na rua de baixo. A floricultura fica no mesmo quarteirão, mas o carro tem de dar a volta pela Avenida do Contorno para chegar lá. Fora a dificuldade que os clientes têm de ver onde estamos e que certamente nesse tempo todo nos tirou muitas vendas”, afirma. Com a desordem no trânsito, o movimento de carros e pedestres caiu e comerciantes admitem perdas de até 80% nas vendas.

De acordo com a Setop, a obra atingiu 80% de conclusão e está na fase de acabamento com a instalação do piso interno, vedação em painéis e vidros, instalação de rede elétrica e cabeamento estruturado, urbanização e paisagismo. A secretaria atribui a demora à paralisação dos trabalhos. O prazo contratual era bem menor, de 600 dias. “A obra foi paralisada em novembro de 2014 e reiniciada em julho de 2015”. Informou também que não será permitido mais estacionamento de vans durante as obras e também após a sua conclusão. Quando terminado, o terminal receberá as linhas que estão provisoriamente operando na Rua Aarão Reis.


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