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Estado de Minas

Polícia aposta em três depoimentos para esclarecer morte de criança em Manhumirim

Investigação também espera laudo pericial para confrontar informações que serão colhidas nas oitivas. Delegado se diz chocado com o crime


postado em 16/08/2016 11:27 / atualizado em 16/08/2016 11:30

População ficou indignada com o crime(foto: Portal Caparaó/Divulgação)
População ficou indignada com o crime (foto: Portal Caparaó/Divulgação)
Três depoimentos e a conclusão do laudo pericial serão imprescindíveis para a Polícia Civil terminar em até 10 dias as investigações do assassinato brutal da pequena Luana Gonçalves de Oliveira, de apenas cinco anos, morta a facadas na madrugada desta segunda-feira, em Manhumirim, na Zona da Mata. Luana foi assassinada por Miguel Mariano de Souza Gomes, de 19 anos, que disse à Polícia Militar que cometeu o crime porque a mãe de Luana estava fazendo macumba para que ele não tivesse sucesso em nenhum relacionamento amoroso. A garotinha foi enterrada na manhã de hoje, no cemitério municipal da cidade.

“Vou ouvir o autor confesso mais uma vez, a mãe da criança e uma testemunha que esteve com a vítima logo depois do crime. São esses três depoimentos e mais o laudo da perícia para constatar a situação e como ocorreu a dinâmica do evento”, afirma o delegado Bruno Luiz Percino Gonçalves Pereira, responsável pelas investigações. Inicialmente, a mãe de Luana, Rosiele Gonçalves de Oliveira, seria ouvida hoje, mas o delegado preferiu esperar por conta do estado de choque da mulher após a morte da filha.

Rosiele não estava em casa no momento em que Miguel invadiu a residência, por volta de 0h30 de ontem. Segundo a Polícia Militar, a mulher foi encontrada em um forró, enquanto a filha de cinco anos dormia sozinha em casa. O delegado Bruno Luiz diz que a investigação vai focar em duas situações relacionadas à mãe da criança. “Ainda não é possível dizer se os dois tinham algum tipo de relacionamento, o que será devidamente apurado. Também vamos investigar a questão do abandono. Se ficar comprovado que a mãe deixou a criança sozinha em casa, ela vai responder por abandono de incapaz”, acrescenta o delegado.
Luana tinha cinco anos e dormia quando foi atacada(foto: Portal Caparaó/Divulgação)
Luana tinha cinco anos e dormia quando foi atacada (foto: Portal Caparaó/Divulgação)


Acostumado a lidar com a violência em meio aos inquéritos que preside, o policial disse que ficou chocado com a brutalidade do crime contra a garota de apenas cinco anos. “O que me choca, além da idade da criança, é a falta de possibilidade da defesa da vítima, que estava em uma situação de descanso. Inclusive, essa circunstância pode qualificar o crime, que pode ter uma pena de 20 a 30 anos”, completa o delegado.

O CRIME Segundo a Polícia Militar, Miguel disse que descobriu que a mãe de Luana fazia macumba para que ele não conseguisse uma namorada. Quando ficou sabendo, o autor contou à PM que procurou Rosiele no Bairro Nossa Senhora da Penha, onde os dois tiveram uma discussão na noite de domingo. Ele voltou para casa, mas procurou novamente a mulher na madrugada de ontem. Como não a encontrou, acabou esfaqueando a garota, que dormia sozinha no imóvel. Ela foi encontrada com sete perfurações e uma faca cravada perto do ombro.

PROTESTOS
O caso motivou manifestações da população de Manhumirim. Algumas pessoas tentaram linchar o autor, que teve que ser transferido para Ponte Nova, na Zona da Mata, já que também houve protestos na porta da cadeia pública da cidade onde ocorreu o crime.

Veja imagens divulgadas pelo Portal Caparaó em que o assassino confessa que matou a criança




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