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Estado de Minas

Polícia abre inquérito para investigar mortes de gatos no Bairro Belvedere

Moradoras que colocaram faixas no bairro denunciando o caso foram ouvidas nesta quinta-feira pela polícia. Desde o início do ano, 31 animais foram encontrados mortos


postado em 21/07/2016 14:45 / atualizado em 21/07/2016 22:00

Investigadores estiveram no Bairro Belvedere nesta quinta-feira para apurar o caso(foto: Polícia Civil/Divulgação)
Investigadores estiveram no Bairro Belvedere nesta quinta-feira para apurar o caso (foto: Polícia Civil/Divulgação)

A Divisão Especializada de Proteção ao Meio Ambiente abriu inquérito para apurar a onda de mortes de gatos no Bairro Belvedere, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Pelo menos 31 animais, segundo denúncia de duas moradoras, foram mortos neste ano. A suspeita apontada pelas denunciantes é que eles tenham sido envenenados. As mulheres apontaram algumas pessoas que podem ter participação no caso, o que será apurado.

Na manhã desta quinta-feira, a delegada Cristiane Ferreira Lopes, responsável pela divisão, e os investigadores Fernando Diniz, Fabiano Dall Alba e Luísa Lisboa estiveram no bairro para conversar com as duas protetoras dos animais. Segundo a Polícia Civil, suspeitos foram apontados e ouvidos na delegacia. Ainda não foi possível esclarecer como as mortes ocorreram.

As mortes levaram as moradoras a colocar faixas para informar a população sobre o ocorrido. A arquiteta e maquiadora Adriane Feitosa de Toledo Machado, de 40 anos, há 20 alimenta animais que estão na rua, além de cuidar de seus oito felinos em casa. Aos poucos, os gatos começaram a se juntar em torno de sua residência e a procriar, o que irritou alguns vizinhos. Neste ano, ela começou a notar a diminuição dos animais. “Mataram 20 gatos. Três apareceram com sinais de envenenamento. Minha casa tem câmeras, mas elas não flagraram nenhuma movimentação. Inclusive, o gato do meu avô, que estava aqui em casa, foi para a rua e também foi morto”, comentou.

Para tentar acabar com as mortes, Adriane teve uma ideia que parece ter dado resultado. “Coloquei a faixa denunciando os casos, e a situação parece ter sido controlada”, afirmou. No aviso, ela pede ajuda da população para denunciar o caso. “Cuidado vizinhos! Nos ajudem a denunciar o (a) responsável pelo assassinato de mais de 20 gatos!! Todos os animais restantes são de estimação e castrados!”, diz a faixa.

Outra moradora do bairro tomou a mesma atitude. A psicóloga Patrícia Maria Salles Sousa Lima, de 62, cuida de gatos na região há três anos. Porém, desde maio, 11 animais dela foram mortos. “O primeiro gato morreu em 23 de maio. Mas, não sabíamos o motivo. Depois aconteceu uma coisa muito estranha. Apareceram uns cachorros rondando o bairro. Moro há 11 anos aqui e nunca vi cachorro de rua. Eles entraram no lote ao lado da minha residência, onde os gatos ficam, e mataram um dos animais”, contou. “De lá para cá, sobraram nove. Os outros morreram sem nenhum sinal de violência. Não tinha uma gota de sangue, somente as barrigas que estavam inchadas. Inclusive, um deles morreu dentro do meu jardim”, completou.

Patrícia suspeita que eles tenham sido envenenados. Por causa disso, enviou o corpo de um dos gatos para ser analisado na UFMG. “O resultado deve sair, no máximo, até semana que vem”, comentou. Ela também pendurou uma faixa na região para tentar chamar a atenção para o caso e evitar a morte de outros animais.
A paixão da psicóloga pelos gatos começou há três anos quando ela se aprontava para um batizado. “Ouvi um miadinho no lote vizinho e vi uns gatos chorando. Arrumei uma casinha e comecei a colocar maçã para eles comerem. Eles cresceram e foram aumentando em número. O meu vizinho, que é dono do lote, me passou a chave do lote para eu continuar cuidando dos animais”, revelou.

RB


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