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Estado de Minas

Mortes de gatos revoltam moradores do Bairro Belvedere

Duas cuidadoras dos animais suspeitam que os animais tenham sido envenenados. Elas colocaram faixas em dois pontos do bairro denunciando o caso


postado em 19/07/2016 15:59 / atualizado em 20/07/2016 16:14

Faixas colocadas pelas moradoras em ruas do bairro(foto: Reprodução/Facebook)
Faixas colocadas pelas moradoras em ruas do bairro (foto: Reprodução/Facebook)

O mistério das mortes de gatos no Bairro Belvedere, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, vem provocando a ira de duas moradoras e protetoras dos animais. Pelo menos 31 animais, segundo denúncia das mulheres, foram mortos neste ano. A suspeita é que eles tenham sido envenenados. O corpo de um dos felinos foi enviado para a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) para análise. Faixas sobre a suposta matança foram penduradas pelo bairro.

As faixas foram idealizadas pela arquiteta e maquiadora Adriane Feitosa de Toledo Machado, de 40 anos. Amante dos gatos, há 20 anos ela alimenta animais que estão na rua, além de cuidar de seus oito felinos em casa. Aos poucos, os gatos começaram a se juntar em torno de sua residência e a procriar, o que irritou alguns vizinhos. “São animais bravos, então não consigo pegá-los. Castrei alguns, mas outros procriaram. No ano passado, algumas pessoas começaram a colocar as fezes deles na minha porta”, afirmou.

Neste ano, a arquiteta acabou tendo surpresas mais desagradáveis. Os animais começaram a desaparecer e alguns foram encontrados mortos. “Mataram 20 gatos. Três apareceram com sinais de envenenamento. Minha casa tem câmeras, mas elas não flagraram nenhuma movimentação. Inclusive, o gato do meu avô, que estava aqui em casa, foi para a rua e também foi morto”, comentou.

Para tentar acabar com as mortes, Adriane teve uma ideia que parece ter dado resultado. “Coloquei a faixa denunciando os casos, e a situação parece ter sido controlada”, afirmou. No aviso, ela pede ajuda da população para denunciar o caso. “Cuidado vizinhos! Nos ajudem a denunciar o (a) responsável pelo assassinato de mais de 20 gatos!! Todos os animais restantes são de estimação e castrados!”, diz a faixa.

Pelo menos 31 animais, segundo denúncia das mulheres, foram mortos neste ano(foto: Reprodução/Facebook)
Pelo menos 31 animais, segundo denúncia das mulheres, foram mortos neste ano (foto: Reprodução/Facebook)


Outra moradora do bairro tomou a mesma atitude. A psicóloga Patrícia Maria Salles Sousa Lima, de 62, cuida de gatos na região há três anos. Porém, desde maio, 11 animais dela foram mortos. “O primeiro gato morreu em 23 de maio. Mas, não sabíamos o motivo. Depois aconteceu uma coisa muito estranha. Apareceram uns cachorros rondando o bairro. Moro há 11 anos aqui e nunca vi cachorro de rua. Eles entraram no lote ao lado da minha residência, onde os gatos ficam, e mataram um dos animais”, contou. “De lá para cá, sobraram nove. Os outros morreram sem nenhum sinal de violência. Não tinha uma gota de sangue, somente as barrigas que estavam inchadas. Inclusive, um deles morreu dentro do meu jardim”, completou.

Patrícia suspeita que eles tenham sido envenenados. Por causa disso, enviou o corpo de um dos gatos para ser analisado na UFMG. “O resultado deve sair, no máximo, até semana que vem”, comentou. Ela também pendurou uma faixa na região para tentar chamar a atenção para o caso e evitar a morte de outros animais.
A paixão da psicóloga pelos gatos começou há três anos quando ela se aprontava para um batizado. “Ouvi um miadinho no lote vizinho e vi uns gatos chorando. Arrumei uma casinha e comecei a colocar maçã para eles comerem. Eles cresceram e foram aumentando em número. O meu vizinho, que é dono do lote, me passou a chave do lote para eu continuar cuidando dos animais”, revelou.

Mesmo com as mortes, Patrícia e Adriane não denunciaram o caso à polícia. “Estou aguardando o laudo sair para fazer a denúncia. Quero ter uma coisa concreta, porque senão vou apenas abrir um boletim de ocorrência. Quero mesmo é que esta situação seja investigada”, afirmou Patrícia.

RB



A Polícia Civil informou que ainda não recebeu denúncia formal sobre o caso. Por isso, o inquérito ainda não foi aberto. Os investigadores pedem que a população denuncie os maus-tratos contra os animais por meio do 181 ou diretamente na delegacia especializada, na Rua Piratininga, 105, no Bairro Carlos Prates.


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