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Estado de Minas

Advogada que atropelou e matou em BH é autuada em flagrante por homicídio culposo

Shirlayne Maria Falci Salgado dirigia sob efeito de bebida alcoólica. Outra vítima segue internada. Acidente ocorreu na Rua Platina, no Prado, Oeste de Belo Horizonte


postado em 28/05/2016 06:00 / atualizado em 28/05/2016 08:05

Kia Sportage dirigido por Shirlayne Maria Falci Salgado (detalhe) invadiu a calçada, atingindo duas mulheres e provocando a morte de uma delas(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)
Kia Sportage dirigido por Shirlayne Maria Falci Salgado (detalhe) invadiu a calçada, atingindo duas mulheres e provocando a morte de uma delas (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press)

A advogada Shirlayne Maria Falci Salgado, de 32 anos, foi autuada em flagrante por homicídio culposo, com o agravante de dirigir sob efeito de bebida alcoólica, e por lesão corporal. No começo da manhã de ontem, ela atropelou duas mulheres sobre a calçada, na Rua Platina, no Prado, Oeste de Belo Horizonte. Uma delas, não identificada, morreu logo depois de dar entrada no Hospital de Pronto-Socorro (HPS) João XXIII. A outra, Maria da Paz Monteiro Gomes, de 48, sofreu ferimentos generalizados e, no começo da noite, seguia internada em observação no mesmo hospital.

De acordo com informações da Polícia Civil, o delegado do plantão do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG) ratificou a prisão em flagrante de Shirlayne, que depois do duplo atropelamento foi detida por policiais militares. Mesmo sem se submeter a exames para constatação da ingestão de bebida alcoólica, o delegado considerou as observações de sinais de embriaguez feitas pelos PMs que atenderam a ocorrência.

Shirlayne Maria Falci Salgado, que durante o período que esteve na delegacia de plantão do Detran foi amparada por seu pai, Plínio Salgado, ex-controlador do estado e professor, prestou depoimento apesar de se demonstrar bastante abalada com a situação. O teor das declarações da advogada não foi informado pela Polícia Civil. O caso será encaminhado à Delegacia Especializada de Acidentes de Veículos (Deav) de Belo Horizonte para abertura de inquérito.

No começo da manhã de ontem, a advogada Shirlayne Maria Falci Salgado atropelou duas mulheres sobre a calçada, na Rua Platina, no Prado(foto: Facebook/Reprodução da Internet)
No começo da manhã de ontem, a advogada Shirlayne Maria Falci Salgado atropelou duas mulheres sobre a calçada, na Rua Platina, no Prado (foto: Facebook/Reprodução da Internet)
De acordo com a corporação, por não ser crime afiançável, conforme define a legislação, a acusada foi encaminhada a uma unidade carcerária da Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi). A Secretaria de Defesa Social (Seds) foi procurada, mas informou que “segue protocolo interno de não informar o destino de presos”. Não foi dada então qualquer informação para qual unidade Shirlayne foi levada e se colocada em cela especial, por ter curso superior.

De acordo com os levantamentos iniciais, as duas mulheres estavam indo para o trabalho, por volta das 6h de ontem, quando foram atingidas pelo Kia Sportage dirigido por Shirlayne Salgado. Os militares que atenderam a ocorrência disseram que a motorista admitiu ter passado a noite numa festa, onde consumiu bebida alcoólica. No interior do carro, havia uma lata de energético e tampinhas de garrafas.

Bombeiros que participaram do resgate das vítimas contaram que a advogada estava transtornada e falava frases desconexas. Na versão de Shirlayne aos militares, ela disse que perdeu o controle do seu Kia Sportage ao se assustar com um coletivo da linha 205 (Calafate/Buritis), que estava na Rua Salvador Piló e havia iniciado a conversão para entrar na Platina.

Por sua vez, o motorista do ônibus, Jurandir Moreira, contou outra história. Ele disse que a condutora avançou o semáforo vermelho da Platina, tentou desviar do coletivo, destruiu uma grade de aço na beirada da calçada, subiu no passeio e atingiu as vítimas.

PÂNICO O barulho do impacto foi alto. Quem passou pelo local ficou impressionado com a cena. Uma testemunha disse que as rodas do carro continuaram girando mesmo com veículo imóvel. Uma vítima ficou presa debaixo do carro. A outra foi prensada pelo veículo contra a parede de um imóvel.

Rapidamente, o motorista e o cobrador desceram do ônibus. Passageiros do coletivo e pedestres também foram em socorro às vítimas. A condutora entrou em pânico. Ambulâncias do Corpo de Bombeiros e do Samu se dirigiram ao local. Shirlayne e testemunhas aguardaram a chegada dos policiais militares. Até o fechamento desta edição, a Polícia Civil não tinha identificação da mulher que morreu, cujo corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML).


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