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Estado de Minas

Familiares de mineiro morto na Bahia marcam manifestação pelo esclarecimento do caso

Marcus Vinícius de Oliveira Silva foi assassinado há três meses e o crime ainda não teve solução. Professor e doutor na Universidade Federal da Bahia, ele dedicou a vida a favor da luta antimanicomial


postado em 03/05/2016 12:16 / atualizado em 03/05/2016 12:18

Marcus era professor aposentado da Universidade Federal da Bahia e, segundo familiares, foi vítima de uma emboscada(foto: Álbum de família/Divulgação)
Marcus era professor aposentado da Universidade Federal da Bahia e, segundo familiares, foi vítima de uma emboscada (foto: Álbum de família/Divulgação)
Parentes, amigos e colegas de trabalho do professor e psicólogo Marcus Vinícius de Oliveira Silva, o Marcus Matraga, além de entidades dos direitos humanos e da luta antimanicomial, prometem fazer uma vigília nesta quarta-feira a partir das 15h30 na porta da sede da Polícia Civil da Bahia, em Salvador. O motivo é a morte de Matraga, mineiro de Sete Lagoas, na Região Central de Minas Gerais, em 4 de fevereiro, vítima de uma emboscada, segundo parentes. Ele foi assassinado com um tiro na cabeça, no que os familiares acreditam que foi um crime encomendado.

O mineiro, que já havia se aposentado das aulas na Universidade Federal da Bahia (UFBA), morava em um sítio no povoado de Pirajuía, distrito de Jaquaribe, a 240 quilômetros de Salvador. Na noite de 4 de fevereiro, as investigações mostram que ele foi chamado por um homem na porta do sítio que se identificou com neto de uma amiga idosa do professor. O suspeito disse que precisava de ajuda para acudir a avó e solicitou a presença de Matraga, que nunca mais voltou para casa.

O corpo foi encontrado na manhã do dia seguinte em um matagal a 20 quilômetros do sítio por crianças que estavam na região. Veículos de comunicação da Bahia chegaram a divulgar que o professor se mudou para a região para atuar em conflitos de terra, mas a irmã de Matraga, Heloisa Aline, nega. “Meu irmão foi para o sítio porque queria qualidade de vida. Ele reduziu sua agenda de viagens e participações em congressos, desligou-se dos programas de pós-gradução da UFBA, estava escrevendo e vivendo vida de sitiante”, afirma.

Como amanhã o crime completa três meses sem solução e sem nenhum suspeito preso, a família pretende fazer a vigília na porta da Polícia Civil de Salvador. O movimento foi batizado de “Justiça para Matraga” e pretende cobrar respostas e agilidade no inquérito que investiga o assassinato.

Marcus Vinícius de Oliveira Silva se aposentou como professor doutor na UFBA e dedicou sua vida à luta antimanicomial, além de lutar pela reforma psiquiátrica do Brasil. Ele também foi conselheiro do Conselho Federal de Psicologia (CFP) e dos conselhos regionais de Psicologia da Bahia e de Minas Gerais durante anos.


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