O Laboratório de Reprodução Humana do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG) comemora seus 11 mil procedimentos de inseminações artificiais e fertilizações in vitro. São 28 anos ajudando gratuitamente mulheres que sonham em ser mãe, mas que têm alguma dificuldade de reprodução. E para festejar essa conquista, vai reunir parte dessas mulheres e os seus bens mais preciosos, os filhos, em um encontro na próxima quinta-feira para comemorar antecipadamente o Dia das Mães, que é no domingo seguinte.
São cerca de 400 atendimentos por ano. No ano passado, 48% desses procedimentos obtiveram sucesso. O Hospital das Clínicas, administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), é o único público de Minas que oferece tratamento gratuito de infertilidade.
Em 2010, o marido de Aline, o professor Hissa Maksud, de 42, descobriu que tinha baixa produção de espermatozóides. O casal procurou o sistema público de saúde e enfrentou uma fila de espera para ser atendido. Os dois seguiram todas as orientações dos médicos e em janeiro de 2015 tiveram a grande notícia: Aline estava grávida. E o grande presente foram as filhas gêmeas. “Ser mãe é a maior realização da minha vida. Só tenho a agradecer a Deus por esse sonho de uma vida inteira”, afirma. Aline faz parte dos 11 mil procedimentos realizados pelo laboratório desde que foi criado, em 1988.
SERVIÇO Além dos serviços de reprodução humana oferecidos, o laboratório ainda mantém bancos de esperma e de óvulos ativos. Também está implantando um pré-natal específico para as pacientes que engravidaram após qualquer um dos tratamentos.
O casal com dificuldade de engravidar deve marcar uma consulta em qualquer posto de saúde. Depois, é encaminhado ao Ambulatório de Reprodução Humana do Posto de Atendimento Médico (PAM) do Bairro Sagrada Família, Região Leste, onde o Hospital das Clínicas da UFMG mantém um serviço de atendimento.
O tratamento é gratuito, mas o casal paga pela medicação indispensável para induzir a ovulação, que não é fornecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Para ter acesso ao tratamento, a mulher deve ter idade máxima de 42 anos, para fertilização in vitro com óvulos próprios, e de 50 anos, para utilização de óvulo doado.