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Estado de Minas

Mãe de aluno agride professora dentro de escola em Santa Luzia

Segundo a polícia, menino de 7 anos disse que a professora o puxou pelo braço e pais foram tirar satisfação. O casal foi detido e a professora levada para um hospital. Outros dois professores foram agredidos em escolas diferentes hoje


postado em 13/04/2016 10:28 / atualizado em 14/04/2016 15:09

Uma professora foi agredida dentro da sala de aula pela mãe de um aluno na manhã desta quarta-feira na Escola Municipal Maria das Graças Teixeira, no Bairro São Benedito, em Santa Luzia, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Outros dois casos de agressão a professores foram registrados em outras escolas da cidade hoje.

“Os pais foram hoje na escola tirar satisfação com uma professora que, segundo o filho de 7 anos, pegou ele pelo braço e deu uma sacudida”, explica o tenente-coronel Walter Anselmo Simões Rocha, comandante do 35º Batalhão da Polícia Militar (PM). O episódio teria acontecido ontem. “Acabou que a mãe partiu para agressão para cima da professora”, disse.

Segundo ele, os pais não procuraram a PM ou diretoria, procurando diretamente a docente. Ela foi agredida a socos e levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Bairro São Benedito, sem lesões graves.

O casal foi detido e levado para uma companhia da PM para registrar a ocorrência. “A informação que tenho é de que o pai não agrediu não. Ele ficou nervoso, bateu na mesa”, explica o tenente-coronel Rocha.  Ainda de acordo com o militar, os demais professores chegaram a sair da escola e protestar na rua em apoio à colega, mas depois retornaram às atividades normalmente.

Por meio de nota, a prefeitura de Santa Luzia, por meio da Secretaria de Educação, informou que ontem a professora chamou a atenção do aluno e pediu uma reunião com os pais hoje. “Ao chegar na escola, a mãe, sem dizer nenhuma palavra e afirmando que o filho tinha sido agredido, passou a agredir a professora, que levou socos e pontapés, e logo foi contida por funcionários da escola”, diz a nota. Quando a situação se acalmou, a direção da escola fez uma reunião que resultou em uma ata e ouviu tanto a professora quanto os pais. Conforme a prefeitura, os envolvidos foram para uma delegacia e a professora deve fazer um exame de corpo de delito ainda nesta terça-feira.

A prefeitura também alega que os pais do aluno não participam da rotina escolar. “Ressaltamos ainda que a escola atende quase 1.200 alunos e que a família do aluno é ausente da escola, não tendo frequentado nenhuma reunião de pais e também não faz acompanhamento escolar do filho, uma vez que  o mesmo não apresentada e quando apresentada o dever de casa se encontra incompleto”, afirma o documento. A prefeitura também destaca que tem uma parceria com a Guarda Municipal e a Polícia Militar.

Outros dois professores agredidos

Este é pelo menos o quarto caso de violência registrado em uma escola de Santa Luzia nesta semana. Na manhã de terça-feira, uma garota de 17 anos esfaqueou uma colega de 15 dentro de uma escola estadual no Bairro Adeodato.

A Secretaria Municipal de Educação de Santa Luzia informou que a vítima é aluna do 1º ano do ensino médio e a agressora cursa o 2º ano. Um homem pode ter sido o motivo do ataque. Ainda segundo a Secretaria, o colégio é considerado tranquilo e sem grandes históricos de violência.

Ainda na manhã desta quarta-feira, dois alunos começaram a brigar no meio de aula de história em na Escola Estadual Lafaiete Gonçalves, no Bairro Palmital. O professor, que não quis se identificar, tentou apartar e foi atingido com um soco na boca. Segundo a PM, caso semelhante aconteceu na Escola Estadual Raul Teixeira da Costa, no Bairro Cristina, desta vez com uma professora ferida ao separar uma briga.

Também por meio de nota, a Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais, confirmou as brigas nas duas escolas estaduais de Santa Luzia. “As diretorias dessas escolas tomaram as providências necessárias e acionaram a Polícia Militar, que registrou boletim de ocorrência. As famílias dos estudantes envolvidos também foram chamadas na escola, diz a pasta.

“A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE) entende que a violência em nossa sociedade é um fenômeno de múltiplas causas e que os espaços escolares estão sujeitos a reproduzir esse cenário geral”, diz a nota. “ara lidar com a questão da violência nas escolas, seja ela psicológica ou física, a SEE criou o Programa de Convivência Democrática no Ambiente Escolar, que deve ser apresentado em breve para as escolas”. O programa reúne procedimentos para monitoramento de pessoas envolvidas em atos de violência e previne os casos nas escolas por meio da educação em direitos humanos.


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