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Estado de Minas

Minas tem um milhão de imóveis fechados, dificultando acesso de agentes de combate à dengue

MP diz que trabalha em ações para dar poder de polícia aos agentes. Outro dificultador é a ausência de exames mais ágeis para confirmar doenças transmitidas pelo Aedes aegypti e, por isso, são priorizados casos mais graves


postado em 03/03/2016 09:59 / atualizado em 03/03/2016 10:47

Técnicos da Defesa Civil municipal e do controle de zoonoses da prefeitura já iniciaram vistorias forçadas em imóveis fechados e abandonados como essa construção que já funcionou como casa noturna na Rua Padre Odorico, no Bairro São Pedro, primeiro alvo da ação(foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press - 17/12/16)
Técnicos da Defesa Civil municipal e do controle de zoonoses da prefeitura já iniciaram vistorias forçadas em imóveis fechados e abandonados como essa construção que já funcionou como casa noturna na Rua Padre Odorico, no Bairro São Pedro, primeiro alvo da ação (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press - 17/12/16)

Cerca de um milhão de imóveis em Minas Gerais estão fechados ou inacessíveis aos agentes de saúde para o controle da proliferação do mosquito Aedes aegypti, responsável pela disseminação da dengue, chikungunya e zika. O dado foi revelado pelo superintendente de Vigilância Epidemiológica, Ambiental e de Saúde do Trabalhador da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Rodrigo Fabiano do Carmo Said, em reunião na Comissão de Saúde da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nessa quarta-feira. Ele também admitiu que a ausência de exames mais ágeis para confirmar a doença é outro problema e, por isso, estão sendo priorizados os casos mais graves.

Conforme Said, a estimativa de locais fechados corresponde a 18% dos imóveis do estado que ainda não foram visitados justamente por impedimentos criados por seus proprietários. Para facilitar, o coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde (CAO-Saúde), promotor Gilmar de Assis, disse que está trabalhando em ações judiciais que permitam aos agentes exercer poder de polícia para atuar em imóveis nos quais são impedidos de entrar pelos proprietários.

Rodrigo Said também relatou que 50% dos municípios ainda não receberam recursos nem realizaram concurso público para a contratação de agentes de controle de endemias, principalmente por erros administrativos. “As cidades precisam regularizar seus cadastros junto ao Ministério da Saúde. Isso é essencial”, afirmou. Segundo ele, o governo federal já fez repasses adicionais a todos os municípios do país, num valor de R$ 37 milhões, mas somente R$ 27 milhões já foram pagos. 

Ainda segundo Said, não há nenhum embasamento científico que confirme que o uso de inseticidas contribua com a incidência da microcefalia entre recém-nascidos. Por outro lado, o presidente da Associação Médica de Minas Gerais (AMMG), Lincoln Lopes Ferreira, lembrou que também ainda não há confirmação científica de que a zika e a microcefalia estejam correlacionadas, reforçando que o maior problema de saúde pública atualmente é a dengue, devido ao enorme número de casos.


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