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Estado de Minas

Forças Armadas fazem ação contra o Aedes aegypti em BH

Militares vistoriam casas na capital em busca de criadouros do mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika virus


postado em 16/02/2016 09:57 / atualizado em 16/02/2016 10:51

Grupos são formados por um agente de combate a endemias e pelo menos outros três militares(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Grupos são formados por um agente de combate a endemias e pelo menos outros três militares (foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
Homens do Exército e da Aeronáutica começaram nesta terça-feira a atuar no combate ao mosquito Aedes aegypti em Belo Horizonte. Equipes formadas por dois ou três miliares e um agente de controle de endemias vão vistoriar hoje imóveis em 13 bairros da capital em busca de focos do mosquito.

A regiões foram escolhidas com base no número de casos de dengue e na possibilidade de deslocamento do Exército pela proximidade com as unidades. De acordo com o tenente-coronel Júlio Cesar Alves Rolszt, assessor de comunicação social da 4ª Região Militar em Belo Horizonte, os militares receberam treinamento para o trabalho na capital e no estado. "É um trabalho de visitação e vistoria, procurando os focos do mosquito. Os militares identificam os problemas existentes nas residências e os agentes de saúde colocam o produto, se for o caso", explicou. A ação vai durar até quinta-feira. Conforme o tenente-coronel, as casas vazias ou onde a entrada não for permitida serão listadas a fim de notificar as autoridades competentes. Um informativo será deixado na entrada para mostrar aos moradores que eles passaram pelo local.

Em BH, cerca de 400 militares participam da ação e no interior são aproximadamente 2 mil em 22 cidades. Além da dengue, o inseto é transmissor da chikungunya e zika virus.

“Nós escolhemos uma área onde estamos tendo o maior número de casos aqui nesta área de abrangência, que é a do Salgado Filho”, explica a gerente de Controle de Zoonoses Oeste, Denise Ribeiro de Mesquita. “Eles visitarão uma média de 3 mil residências, nossa perspectiva é essa. Foram delimitados alguns territórios para que eles possam fazer essa visita em conjunto com nossos agentes de combate a endemias”. 

(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)
(foto: Paulo Filgueiras/EM/D.A Press)

Morador da Rua Ibiraci, o técnico em distribuição Wesley Francisco aprovou a ação conjunta. Segundo ele, a presença dos militares dá mais segurança para que a população receba a campanha. “Eu tenho muito respeito com as autoridades, e eles trazem essa segurança da gente abrir a porta, a casa da gente para as pessoas entrarem, e ficar mais à vontade para o trabalho deles”, comenta. Wesley conta já teve dengue duas vezes, e por isso sempre mantém a casa e o quintal em ordem. “Já é um desespero porque agora não é só a dengue, tem o zika, a chikungunya, está ficando mais perigoso mesmo”. Ele foi alertado pelo agente de saúde e militares do Exército a aumentar a frequência de limpeza da calha e ter cuidado com a lona que cobre a piscina do imóvel. 

PERIGO
Na capital, o número de casos confirmados de dengue neste ano subiu para 2.383, média de 55,4 por dia, segundo o último balanço divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde. Em apenas sete dias, 633 pacientes foram constatados com a doença.

A Região Noroeste é a que apresenta o maior número de casos. A capital mineira, que decretou situação de emergência no final do ano passado por causa da proliferação dos focos do mosquito Aedes aegypti, já tem duas mortes em 2016 devido à dengue.

Os casos suspeitos também aumentaram em Belo Horizonte. Foram quase 3 mil notificações nos últimos sete dias, saltando de 6.644 para 9.403. Outros 851 casos foram investigados e descartados. A Região Noroeste já registrou 426 confirmações, seguida da Regional Pampulha, com 398, e Barreiro, com 326.

Belo Horizonte já tem duas mortes por dengue. O primeiro caso é de uma mulher de 47 anos, moradora da Região Noroeste da capital, que morreu no dia 13 de janeiro, em um hospital particular. Ela era mãe de um casal de gêmeos e vivia na Vila Buraco de Peru, Carlos Prates. O segundo foi um homem de 31 anos, morador da Região Oeste, que morreu em 25 de janeiro, em hospital público.

Com informações de João Henrique do Vale


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