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Estado de Minas

Beleza das quaresmeiras começa a tomar conta das ruas de Belo Horizonte

Nas praças do Papa, Liberdade ou Savassi, as quaresmeiras alegram o cenário e encantam os belo-horizontinos


postado em 12/02/2016 06:00 / atualizado em 12/02/2016 09:36

Árvores invadem BH e enfeitam ainda mais a Praça da Liberdade(foto: Rodrigo Clemente/EM/DA Press)
Árvores invadem BH e enfeitam ainda mais a Praça da Liberdade (foto: Rodrigo Clemente/EM/DA Press)
As pétalas que vão do branco ao roxo das quaresmeiras colorem as ruas de Belo Horizonte. Por toda a parte é possível observar as árvores – um dos símbolos da cidade – com os galhos repletos de flores. O professor de botânica da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Fernando Silveira explica que, assim como os ipês, as quaresmeiras são típicas da vegetação da de Belo Horizonte. As mais comuns, ele confirma, são as roxas e rosas. “Algumas mudam de cor e vão do branco até o roxo”, explica.

O nome da espécie é Tibouchina granulosa, mas o apelido, é claro, se deve ao período de floração coincidir com a quaresma. As cores também servem de alento para compensar o brilho da purpurina que invadiu corpos e rostos dos belo-horizontinos durante o carnaval e foi engavetada com o início do período de grande importância para os católicos.

Nas praças do Papa, Liberdade ou Savassi, as quaresmeiras alegram o cenário e encantam os belo-horizontinos. Na tarde de ontem, enquanto esperava para fazer um exame de habilitação, o desempregado Geraldo Magela Ferreira Inácio, de 50 anos, olhava para uma árvore frondosa e recordava dos tempos em que vendia flores na Praça Sete. As mais requisitadas eram as rosas, buganvílias e azaleias, mas Geraldo ressalta o encanto provocado pelas quaresmeiras. “A maioria é lilás, mas no mato tem de tudo quanto é cor”, detalha. Ele destaca que não é simples plantar uma muda. “Pegar uma semente, colocar no algodão, fazer uma estufa, mas é difícil de pegar”, explica.

O professor de botânica da PUC Minas José Arimatéia Figueiredo explica que as quaresmeiras são típicas da Mata Atlântica e que são consideradas plantas “invasoras”. “Se a vegetação de uma área é retirada, ela pode ocupar o espaço”, justifica ele, explicando o termo. Figueiredo destaca que nem todas as árvores que chamamos de quaresmeiras são da mesma espécie.

ESTÍMULOS A floração, segundo Silveira, professor da UFMG, não depende apenas de um único estímulo, como as chuvas. O especialista ressalta que, em janeiro, as chuvas na capital foram acima da média mensal e podem ter contribuído para a floração logo no início da quaresma. Outro fator que influencia muito a floração é chamado de fotoperíodo, que é a incidência de luz do sol.


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