O ouvidor de Polícia de Minas Gerais, Paulo Alkimim, pediu ao chefe do Estado Maior da Polícia Militar, coronel Marco Antônio Bicalho, que a corregedoria da corporação investigue a atuação dos militares que encerraram o desfile do Bloco da Bicicletinha, na madrugada de hoje, na Praça Raul Soares, Centro de Belo Horizonte. Cerca de 700 ciclistas participavam do bloco e denunciaram que policiais chegaram de forma truculenta e sem motivos lançando bombas contra os foliões.
Segundo o boletim de ocorrência gerado pela polícia, 26 tiros de borracha foram disparados, além do uso de 14 bombas de gás e efeito moral e arma de choque contra quem estava no bloco. A corporação alega que foi hostilizada quando tentava evitar o fechamento de vias pelo grupo que não estava cadastrado na Belotur e precisou reagir para dispersar a multidão.
O arquiteto Fernando Tourinho, 30 anos, chegou a ser preso. Ele alega que precisou sair da frente da viatura para não ser atropelado e teve a bicicleta danificada. Já a PM diz ter prendido Fernando porque ele atirou a bike contra a viatura e ela acabou parando embaixo do veículo da polícia. Vídeos divulgados na página do evento em uma rede social mostram os policiais usando a força para imobilizar algumas pessoas e impedir que amigos chegassem perto daqueles que estavam dominados.
Segundo a ouvidoria de Polícia, se comprovado que houve abuso de autoridade, o ouvidor Paulo Akimim pediu punição aplicada não só pela Corregedoria da Polícia Militar, mas também à Promotoria de Direitos Humanos do Ministério Público. “A polícia deve estar preparada para este tipo de ação, principalmente no carnaval, que hoje conta com a participação de muitas mulheres e crianças”, diz.
Eu sempre tive uma posição muito crítica com relação ao modo de agir das polícias militares. Quando vejo videos e...
Posted by Carlos Edward Campos on Friday, February 5, 2016