Semana será marcada por debates e ações no combate ao Aedes aegypti em Minas

O aumento no número de casos de dengue em Minas Gerais, assim como da proliferação, e a descoberta de outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti - a Chikungunya e a Zika - causam preocupação na população e faz os governos estadual e municipais se movimentarem para enfrentar a luta contra o mosquito. Nesta terça-feira ocorrerá a primeira reunião do Comitê Gestor Estadual de Políticas de Enfrentamento à Dengue, Chikungunyua e Zika Vírus. Além das discussões, durante a semana, a Prefeitura de Belo Horizonte fará mutirões em vários pontos da capital.

A reunião do comitê está marcada para as 10h, no Palácio Tiradentes, na Cidade Administrativa. Participam do encontro o vice-governador e coordenador do grupo de enfrentamento, Antônio Andrade, o Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Fausto Pereira dos Santos e técnicos da SES-MG e de outras 17 instituições/secretarias do governo. Em 2015, Minas registrou o segundo maior número de casos prováveis de dengue dos últimos quatro anos. Nos últimos 12 meses, foram 189.602 notificações, que envolvem confirmações e suspeitas da doença.

O Comitê Gestor Estadual de Políticas de Enfrentamento à Dengue, Chikungunya e Zika foi criado por meio do Decreto 46.922, em 29 de dezembro, e tem por objetivo desenvolver ações destinadas ao controle do vetor e reduzir a incidência dessas doenças.

Já a Prefeitura de Belo Horizonte realiza esta semana uma série de mutirões intersetoriais de combate ao mosquito Aedes aegypti. Com a participação das secretarias de administração regionais, Secretaria Municipal de Saúde, Defesa Civil e Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), serão feitos mutirões nas regionais Nordeste, Centro Sul, Leste, Venda Nova, Oeste e Noroeste.

De acordo com um relatório da Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) divulgado no fim da última semana, os registros de dengue aumentaram mais de cinco vezes no ano passado, em relação a 2014. Em 2015, foram confirmados 15.934 e outros 2.033 casos suspeitos estão em investigação, enquanto no ano anterior foram registrados 3.037 casos da doença. O reflexo começou a ser notado em unidades de saúde, como constatou a gerente da UPA Centro-Sul, Chirley Madureira Rodrigues. “Da segunda semana de dezembro para cá, já sentimos uma maior demanda de pacientes com queixa dos sintomas da dengue”, observou.

As ações são coordenadas pela SMSA, regionais e Defesa Civil, com apoio da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU). Em 2016, até o momento, já foram realizados três mutirões em Belo Horizonte, com vistoria em 12 mil imóveis. Durante essas atividades foram recolhidas 6 toneladas de materiais.