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Estado de Minas

Copasa prevê construção de duas represas no Norte do estado para enfrentar seca

Oito cidades e um distrito de Minas Gerais entraram em 2016 enfrentando rodízio


postado em 09/01/2016 06:00 / atualizado em 09/01/2016 07:51

Barragem de Juramento, que é o principal reservatório de Montes Claros, teve vazão reduzida: cidade passa a ter rodízio diário(foto: Luiz Ribeiro/DA Press, 03.11.2015 )
Barragem de Juramento, que é o principal reservatório de Montes Claros, teve vazão reduzida: cidade passa a ter rodízio diário (foto: Luiz Ribeiro/DA Press, 03.11.2015 )

A ameaça do racionamento de água foi afastada na Grande BH no fim do ano passado com o início das operações da captação de água no Rio Paraopeba. No entanto, oito cidades e um distrito de Minas Gerais entraram em 2016 ainda com rodízio no abastecimento, algumas até sem previsão para acabar. A seca no interior, sobretudo no Norte de Minas, é o objetivo número um da Copasa neste ano, segundo a diretora-presidente da empresa, Sinara Meireles, declarou ontem em entrevista ao Estado de Minas. “Temos um grupo que está avaliando a situação. Há municípios que a fonte de captação simplesmente secou completamente e, sem outra opção, tivemos de usar caminhões-pipa. Nosso grande desafio neste ano será encontrar soluções duradouras e não paliativas”, disse.

Entre as ações pretendidas, está a perfuração de poços e purificação de água salobra e a construção de duas grandes represas, como a Barragem de Juramento, em Montes Claros, e a Barragem de Mato Verde, no município de mesmo nome, ambas no Norte do estado.

Capitão Enéas, Ipaba, Medina, Montes Claros, Ouro Verde de Minas, Poté, Rubim, Taiobeiras e Alto Maranhão, distrito de Congonhas, integram a lista da Copasa de cidades com problemas no abastecimento. A maioria adotou o rodízio no último trimestre do ano passado.

Somente nesta semana, Montes Claros, maior cidade do Norte de Minas, teve que reduzir a vazão do principal reservatório, a Barragem de Juramento, de 600 para 400 litros por segundo e adotar um racionamento mais rigoroso. De acordo com o superintendente Operacional Norte da Copasa, Roberto Botelho, o rodízio, que ocorria a cada dois dias, agora é diário, atingindo toda a cidade por oito ou 10 horas.

Para tentar solucionar o problema, a cidade está trabalhando com uma captação transitória, além de poços tubulares profundos. As instalações começam a funcionar na quinta-feira. “A captação está pronta para operar hoje. A gente tem coletado água abaixo da Barragem de Juramento, pegando aquilo que os cursos d’água fornecem, e montamos uma captação sazonal”, explica Botelho. “Ela funciona só no período chuvoso. Temos uma outorga para usá-la de outubro a março, e depende muito da captação. Havendo chuva, bombeamos e preservamos a barragem”.

Os poços tubulares profundos serão 18, dois ligados hoje. “Os poços estão sendo interligados à rede de distribuição, já com tratamento convencional, para suprir a queda na capacidade de produção”, diz Botelho, ressaltando que a chegada das chuvas será fundamental para melhorar a situação, e pedindo que a população continue a economizar água.

CAMINHÕES-PIPA Taiobeiras, também no Norte do estado, sofre com o desabastecimento. “O fato aqui não é nem racionamento. A água acabou já tem praticamente dois meses. A cidade está sendo abastecida por caminhão-pipa, que joga direto na central da Copasa e cai na rede”, explica o prefeito Danilo Mendes Rodrigues. Segundo ele, a expectativa é de que a chuva que atingiu a Região do Rio Pardo na última terça-feira ajude a captação. “A gente espera mais chuva para ver se normaliza. A que caiu foi suficiente para levar água à captação, mas ela ainda não tem o volume todo. A cidade tem 33 mil habitantes e maioria mora na área urbana. O consumo é alto”.

Caratinga, na Região do Rio Doce, teve o rodízio suspenso temporariamente em 5 de janeiro. “A vazão do Córrego do Lage, manancial utilizado pela companhia para o fornecimento público de água, está satisfatória e o fornecimento de água ocorre normalmente em toda a cidade”, esclareceu a Copasa, por meio de nota. “No entanto, o rodízio poderá ser retomado caso haja um prolongado período de seca em janeiro”, informou a empresa.

FORNECIMENTO INTERROMPIDO

Bairros da Região de Venda Nova, em Belo Horizonte, e Vespasiano, na região metropolitana, terão o fornecimento de água interrompido amanhã, segundo a Copasa. O motivo da paralisação são obras de interligação de redes no Bairro Jardim dos Comerciários. Os bairros Jardim Europa, Jardim dos Comerciários e Serra Verde, em BH, serão afetados. Em Vespasiano, a interrupção atingirá os bairros Nova Iorque e Nova Pampulha.  De acordo com a companhia, a normalização do abastecimento ocorrerá de forma gradativa ainda na noite deste domingo.


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