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Estado de Minas

Ministro Occhi quer indenização para pescadores e população ribeirinha do Rio Doce

Pessoas que foram afetadas pelo rompimento da barragem de Fundão, em Bento Rodrigues, deverão receber compensação enquanto a bacia não for revitalizadas


postado em 23/11/2015 19:23

O ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, afirmou na tarde desta segunda-feira que a população que vive ao longo do Rio Doce ou que tira dele o seu sustento também terá direito a receber indenização da Samarco enquanto a bacia não for revitalizadas. Por recomendação do Ministério Público, a mineradora, controlada pela Vale e a BHP Billiton, já concordou em pagar um salário mínimo por chefe de família e mais meio por dependente para os desabrigados em razão do rompimento da barragem do Fundão, em Mariana, Região Central de Minas Gerais.

Segundo Occhi, que participa nesta tarde de evento sobre a revitalização do Rio São Francisco na Assembleia de Minas Gerais, o governo exigiu mais essa garantia da Samarco. A empresa está fazendo o cadastro junto com as prefeituras e o apoio dos governos de Minas e do Espírito Santo. "Considero que a prefeitura já deva disponibilizar até o fim do mês o cadastro das famílias ribeirinhas para que a Samarco possa fazer esse ressarcimento permanente enquanto existir dano ao Rio Doce ou enquanto isso possa impedir que essas famílias possam ter sua atividade econômica regularizada", afirmou.

De acordo com o ministro, não há levantamento do número de pessoas atingidas, mas ao longo do rio 15 cidades são abastecidas por ele, sendo 12 em Minas e três no Espírito Santo. Há ainda, segundo Occhi, 35 municípios que fazem limite com a bacia mas não tiveram impacto na captação. Mesmo assim, segundo ele, se for comprovado que eles dependem economicamente do rio, deverá haver amparo. "Pode existir nesses outros municípios uma atividade econômica de um pequeno pescador, que hoje não tem condição de pescar no rio na situação atual em que o rio se encontra", disse.

O ministro da Integração disse que até o momento a Samarco ainda não pagou as multas impostas em razão do rompimento da barragem – o prazo vence hoje. Occhi não soube dizer quanto tempo levará a recuperação do Rio Doce e dos rios Gualaxe e Do Carmo e afirmou que o valor necessário para isso ainda será quantificado. O ministro disse que a água está sendo monitorada diariamente para que em qualquer sintoma de problema o abastecimento das cidades seja interrompido, mas garantiu que não há toxidade no rio. Segundo Occhi, a água tem uma "aparência diferente", mas, sobrevoando os rios do Sul do Brasil, ele observou que alguns deles tinham a mesma aparência.

Para ele, a chuva está ajudando a diluir a lama e permitir a volta da captação de água. "Não existe risco de contaminação de ninguém, o que estamos fazendo captar água bruta no rio trata-la e depois levar para o laboratório para fazer a análise se ela é passível do consumo humano", afirmou.


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