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Estado de Minas

Uma semana após a tragédia, Dilma confirma visita a Mariana

A presidente também pediu que o ministro da Casa Civil levante os custos do desastre e as medidas cabíveis a mineradora Samarco


postado em 11/11/2015 19:34 / atualizado em 12/11/2015 19:07

A presidente Dilma Rousseff confirmou nesta quarta-feira que vai visitar a região afetada pela tragédia em Mariana, na Região Central de Minas Gerais. A visita da presidente ocorre quase uma semana após o desastre, que deixou ao menos oito mortos, mais de 20 desaparecidos e praticamente acabou com o distrito de Bento Rodrigues, tomado pela lama. Também nesta quarta, Dilma delegou ao ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, que levante os custos da tragédia e veja as medidas cabíveis para a mineradora Samarco.

Wagner ficou de encontrar o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi, para tratar do assunto. A intenção é convocar os representantes da empresa para falar sobre os custos da tragédia. A Samarco, controlada pela brasileira Vale e a anglo-australiana BHP Biliton, se comprometeu a arcar com os custos das casas destruídas pela tragédia. Mas o governo quer a responsabilização por outros problemas, como os de abastecimento, causados na região atingida.

Mais cedo, em entrevista na abertura da Reunião Ordinária do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, classificou o acidente como uma "catástrofe ambiental". Ela disse também que o governo avalia punição às empresas pelos danos causados, se comprovado que elas poderiam ter evitado o desastre. Para a ministra, "a responsabilidade ambiental é da empresa empreendedora".

Izabella viajará nessa quinta a Mariana para visitar a área. Dilma pode acompanhá-la. A presidente deve visitar Mariana e Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, que pode ser atingida pela lama levada pelo Rio Doce. Segundo relatório do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), pelo menos 50 milhões de metros cúbicos de lama foram liberados com o rompimento das barragens.

O prefeito de Mariana, Duarte Junior (PPS), também espera a visita da presidente Dilma. Ele disse na tarde desta quarta-feira que a presidente marcou de encontrá-lo nessa quinta-feira pela manhã em Belo Horizonte para conversar sobre o rompimento das barragens da Samarco, mineradora controlada pela Vale e BHP Billiton. A agenda ainda não foi confirmada pelo Palácio do Planalto, mas, segundo o prefeito, deve ser por volta das 9h em local a ser definido. “Não sei se a gente vai rodar Mariana de helicóptero ou se ela quer só passar a visão dela sobre o que ocorreu”, disse.

Duarte Junior já tem uma lista de pedidos para a presidente. O prefeito disse que pedirá a ela que interceda junto à Vale, BHP e Samarco, demonstrando a importância de as empresas assumirem as responsabilidades e oferecerem conforto às famílias atingidas. Mais de 600 pessoas estão desabrigadas por causa da lama espalhada pela mineradora. “Também vamos solicitar apoio para que não haja demissão dos funcionários (da Samarco), embora as empresas já tenham se posicionado no sentido de que não vai haver”, afirmou.

O prefeito também vai pedir apoio financeiro para o município, que é essencialmente minerador. Segundo Duarte, a arrecadação mensal de Mariana já havia caído de R$ 25 milhões para R$ 19 milhões. “Quando assumi a prefeitura, a arrecadação estava em R$ 19 milhões e o gasto era de R$ 25 milhões, tivemos de fazer um corte de R$ 6 milhões. Hoje arrecadamos e gastamos R$ 19 milhões. Se houver novos cortes eles terão de ser feitos em programas essenciais e na folha de pagamento de funcionários”, disse.

 


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