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Estado de Minas

Cidades do ES se preparam para chegada de rejeitos de minério que estão no Rio Doce

Sujeira proveniente das barragens que cederam em Mariana desce pela calha do manancial e já provoca transtornos em cidades mineiras


postado em 09/11/2015 18:15 / atualizado em 10/11/2015 12:18

Prefeitura de Linhares está ampliando uma foz para a passagem da poluição(foto: Prefeitura de Linhares/Divulgação)
Prefeitura de Linhares está ampliando uma foz para a passagem da poluição (foto: Prefeitura de Linhares/Divulgação)

A lama de rejeitos de mineração das barragens que cederam em Mariana, na Região Central de Minas Gerais, continuam descendo pelo Rio Doce. A sujeira desce pela calha do manancial e já provoca transtornos em cidades mineiras. Agora, a poluição se aproxima de municípios capixabas. Para tentar impedir estragos e o desabastecimento, a Prefeitura de Linhares e o governo do Espírito Santo estão aumentando a foz existente entre o rio e o Rio Pequeno, principal fonte de captação da cidade, para a passagem da sujeira. Moradores estão sendo alertados para o consumo da água diretamente do manancial.

De acordo com o Sistema de Alerta de Cheias da Bacia do Rio Doce do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), é que a poluição chegue a Linhares nesta quarta-feira. A barragem na cidade tem dois metros de altura e 20 metros de comprimento. Para acelerar a passagem dos detritos, o  Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) começou a ampliaçã da foz.

A Defesa Civil do Espírito Santo recomendou que os moradores deixem os locais próximos o Rio Doce, pois ainda não se sabe qual altura poderá chegar a onda durante a passagem pela região. A Prefeitura de Linhares recomendou que a população evite o contato com a água, por precaução, e interrompa o consumo de água. “Os pescadores devem sair do rio e amarrar seus barcos em áreas mais altas para evitar que suas embarcações sejam carregadas pelas águas”, comunicou a administração municipal.

Estragos em Minas

A onda de poluição já passou por diversas cidades mineiras. Dados do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) mostram que a onda de cheia passou com maior força pela Usina Hidrelétrica Risoleta Neves, em Rio Doce, na Zona da Mata, na última sexta-feira, levando o Rio Doce a uma vazão de 1.900 metros cúbicos por segundo no local. Durante o fim de semana a vazão foi diminuindo e a última medição do CPRM mostra o manancial a uma vazão de 585 metros cúbicos por segundo ontem a tarde em Governador Valadares, quando foi notificada o início da cheia na cidade.

A prefeita de Valadares, Elisa Maria Costa, solicitou da mineradora Samarco 80 caminhões-pipa para atender a população da maior cidade da Bacia Hidrográfica do Rio Doce em caso de desabastecimento. A chefe do executivo municipal informou que a captação no Rio Doce, atingido pela lama que vazou das barragens de Bento Rodrigues, em Mariana, foi totalmente interrompida no início da tarde desta segunda-feira hoje, graças à chegada de uma camada mais espessa de resíduos da mineração.


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