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Estado de Minas CORRIDA PARA LIBERAR RUAS

Votação de projeto de lei para remover cancelas que fecham vias em BH pode ser antecipada

Presidente da Câmara tenta acelerar conclusão de investigações para que projeto que prevê a remoção de guaritas que controlam o acesso a áreas públicas possa ser votado


postado em 07/11/2015 06:00 / atualizado em 07/11/2015 09:05

Audiência pública discute o uso de cancelas em vias públicas, tema de CPI na Câmara: conclusão de trabalhos depende de dados do Executivo(foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
Audiência pública discute o uso de cancelas em vias públicas, tema de CPI na Câmara: conclusão de trabalhos depende de dados do Executivo (foto: Marcos Vieira/EM/D.A Press)
O imbróglio das cancelas que fecham vias e outras áreas públicas em Belo Horizonte pode ter um desfecho em dezembro, com a conclusão antecipada dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). É o que espera o presidente da Câmara Municipal, vereador Wellington Magalhães (PTN), autor do projeto que determina a remoção, em 30 dias, de portarias, guaritas ou outro mobiliário urbano das ruas de Belo Horizonte. O PL 1.526/15 foi aprovado em primeiro turno, com 20 votos favoráveis e 13 contrários. Mas a matéria só vai a votação em segundo turno depois da conclusão das investigações da CPI.

Magalhães informou ontem que vai marcar uma reunião na semana que vem para acelerar os trabalhos da CPI e chegar a um resultado final para a votação antecipada do projeto. Segundo o presidente da comissão, Henrique Braga (PSDB), o que está travando o andamento da CPI é a dificuldade do Executivo em passar as informações solicitadas. “Estamos dependendo do Executivo. Já pedimos para todas as regionais as informações necessárias e estamos aguardando retorno. Vamos convocar na semana que vem todos os secretários das regionais para prestar esclarecimentos”, afirma.

A Comissão foi instaurada em 10 de setembro, com duração prevista de 120 dias, prorrogáveis por mais 60. Considerando esses prazos, a CPI das cancelas tem até março para finalizar as investigações. Magalhães, entretanto, espera que os trabalhos sejam concluídos em 30 dias para poder “calçar” o texto que vai ser votado no plenário, novamente, com as informações da comissão. O objetivo é evitar a extensão do problema por mais tempo.

Na quinta-feira, dia 12, a CPI das cancelas vai realizar uma visita técnica no Conjunto Santos Dumont, no Bairro Padre Eustáquio, Região Noroeste de Belo Horizonte, e depois será a vez do Clube dos Caçadores. Na quinta-feira passada, a CPI fez a segunda visita técnica, seguida de audiência pública, no Condomínio Henrique Silva, conhecido popularmente como Henricão, no Bairro Nova Gameleira, Região Oeste de Belo Horizonte. A primeira vistoria foi no Condomínio Fazenda da Serra, que abriga o Parque Municipal Cássia Eller, no Bairro Castelo, Região da Pampulha. Moradores do entorno reclamaram da dificuldade de acesso ao parque, uma vez que a entrada é protegida por seguranças em uma guarita.

“O projeto é muito importante para a sociedade. A segurança deve ser para todos e não somente para alguns. Não podemos concordar que espaços públicos sejam ocupados por empreendimentos privados, onde a pessoa precisa se identificar para entrar. Isso é um absurdo”, afirma Magalhães.

Pelo projeto de Magalhães, perdem efeito as legislações de outorgas e concessões em vigor. As leis 8.768/04 e 10.068/11 permitem ao município outorgar o direito de uso real das vias sem saída a entidades como associações de moradores. Na prática, com permissão do Executivo, é possível hoje que ruas que não exerçam a ligação com áreas externas sejam fechadas com guaritas, cancelas ou qualquer outro tipo de equipamento que limita a circulação de veículos e pedestres.


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