O nível do Sistema Paraopeba, responsável pelo abastecimento na Região Metropolitana de Belo Horizonte, segue apresentando baixas diárias. Pelo 19º dia consecutivo o complexo de reservatórios registrou queda. Nesta segunda-feira, o volume estava em 25,7% da capacidade total, percentual mais baixo da história. A marca negativa foi batida pelo sexto dia seguido. A Copasa afirma que a diminuição das represas deve ocorrer gradativamente enquanto não houver chuva e que o volume atual é suficiente para garantir o abastecimento até janeiro de 2016.
Há um mês, o Sistema Paraopeba, que é formado pelas represas Rio Manso, Serra Azul, e Vargem das Flores, estava com 27,8% de sua capacidade total. Até 14 de setembro, chegou a apresentar leves altas, porém, voltou a cair até atingir sua pior marca histórica. A principal queda ocorreu no Rio Manso, o maior reservatório do sistema. Nos últimos três dias, volume baixou de 35,9% para 35,6%. O Serra Azul caiu de 9,9% para 9,6% e o Vargem das Flores, de 24,3% para 24,1%.
Rodízio
A estratégia do rodízio de água adotada pela Copasa continua em pelo menos três cidades mineiras localizadas na Zona da Mata. A companhia esclareceu que a medida teve de ser tomada por causa da falta de chuvas, que diminuiu o volume dos mananciais que abastecem as cidades. Em Astolfo Dutra, a estiagem diminuiu o nível do Ribeirão Boa Vista. A captação no manancial está operando com 24 litros por segundo, o que corresponde a 80% da vazão.
Outra cidade da região que adotou o rodízio foi Ubá, devido à diminuição do nível dos ribeirões Ubá e Ubá pequeno. A captação Miragaia (Ribeirão Ubá) e a captação de Peixoto Filho (Ubá Pequeno) estavam operando com 125,38 litros por segundo, ou 41% da vazão.
O baixo nível do Ribeirão Piedade está prejudicando o abastecimento de Visconde do Rio Branco. A captação no manancial estava a 65 litros por segundo ontem, o que corresponde a 68% da vazão normal.