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Estado de Minas

Ufop anuncia corte de funcionários e aumento no preço das refeições na tentativa de reduzir déficit

Universidade Federal de Ouro Preto estima déficit de R$ 15 milhões devido em grande parte à redução orçamentária por parte do governo


postado em 22/09/2015 18:23 / atualizado em 22/09/2015 19:10

(foto: Douglas Couto/Divulgação)
(foto: Douglas Couto/Divulgação)
 

O corte de 15% no quadro de funcionários terceirizados, o aumento no preço das refeições e um maior ajuste no sistema de transporte consciente fazem parte das medidas anunciadas nesta terça pela reitoria da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop) para reduzir custos e tentar amenizar os problemas causados pelo déficit estimado em R$ 15 milhões.

O problema decorre dos contigenciamentos impostos ao MEC, de cerca de R$ 11 bilhões, que fizeram com que as universidades deixassem de receber a totalidade dos recursos programados para 2015. "Desde o ano passado que vimos adotando boas práticas de gestão na tentativa de reverter o déficit gerado pelos cortes do governo, que têm impacto grande. Mas não conseguimos reverter", justificou o pró-reitor de Planejamento, professor Rodrigo Bianchi.

Os cortes serão feitos a partir dos salários mais altos e serão feitos basicamente nos setores de limpeza e recepção, preservando a área de segurança que também conta com funcionários terceirizados. No total, serão demitidos 90 funcionários. "Começamos a fazer ajustes no início do ano e essa foi uma das medidas que tentamos evitar ao máximo, pois o impacto social é grande, principalmente em uma cidade do porte de Ouro Preto. Mas chegamos a um ponto em que tudo está muito difícil", afirmou o pró-reitor de Planejamento, professor Rodrigo Bianchi. Segundo ele, as empresas responsáveis por cada setor já estão sendo contatadas e para todas as demissões será respeitado o prazo legal de 30 dias, correspondente ao aviso prévio. O que significa, conforme o pró-reitor, que até o final de outubro, todos os cortes já tenham sido feitos.

REFEIÇÕES Outra medida adotada pela universidade será o aumento das refeições. Até o momento, alunos pagavam R$ 2; professores e demais funcionários, R$ 2,70; e visitantes, R$ 3. Assim que voltarem as aulas, os valores passarão a ser de R$ 3 para alunos, R$ 5 para servidores e R$ 10 para visitantes. Alunos carentes que têm direito à 100% de gratuidade nas refeições continuarão sem pagar. Aqueles que têm parte do benefício (os subsídios vão de 20% a 100% do valor das refeições) também terão o direito preservado, com aumento proporcional ao percentual que atualmente pagam pelas refeições.

Segundo Bianchi, em 2014, tinham direito à 100% de gratuidade nas refeições 1.547 estudantes, de um total de 3,3 mil com direito a algum desconto, que começa em 20%. "Esses alunos não serão afetados", garantiu.

VIAGENS Também para cortar custos, desde o fim de 2014 que a Ufop começou a adotar o sistema de transporte consciente. De acordo com o pró-reitor, precisam ser feitas viagens constantes a Belo Horizonte e outros municípios próximos, decorrentes de atividades como a participação de professores em bancas, pesquisas e outros tipos de intercâmbio, inclusive com a UFMG. A primeira medida foi adotar vans e manter dois automóveis para simplificar o transporte. Agora, a universidade simplificará mais, mantendo somente as vans.

"Com isso vamos conseguir reduzir o número de viagens, o gasto com combustível e até diárias", observou. "A diferença é que haverá um trajeto fixo, com pontos a serem observados pelos professores, alunos e funcionários do setor técnico que precisam ser transportados a serviço da Ufop", continuou.


SEM DATA PARA O RETORNO DAS AULAS

A greve dos professores da Ufop terminou no último dia 14, mas as aulas não recomeçaram em virtude da greve dos funcionários dos setores técnico e administrativo que continua. Rodrigo Bianchi explica que como o semestre não chegou a começar (a greve teve início em julho), matrículas não foram feitas e sequer há um calendário para início das aulas. Segundo ele, a reitoria está em negociação com os funcionários de modo a conseguir com que pelo menos alguns deles trabalhem e agilizem esse processo para que se dê início ao semestre letivo, independentemente do fim ou não da greve do setor. "É difícil dar uma previsão. Não posso passar por cima das propostas deles. Mas estamos conversando de forma a resolver a situação, pois quanto mais se prolongar, menos dias letivos teremos", disse.

Para o pró-reitor, o risco de se perder o semestre é mínimo. Ele admite, no entanto, que mesmo após a efetivação das matrículas, haverá necessidade de uma a duas semanas para que se dê continuidade aos demais trâmites burocráticos até o início das aulas.


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