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Estado de Minas

Dupla indiciada pela morte de policial pode ser condenada a mais de 40 anos de prisão

O militar Fábio Tadeu fazia parte da equipe de segurança do ex-governador Alberto Pinto Coelho. Ele foi morto a tiros depois de reagir a um assalto


postado em 01/09/2015 16:51 / atualizado em 01/09/2015 17:40

Márcio David Silva (Esq.) e Roberto Carlos Nunes (Dir.)(foto: Polícia Civil/Divulgação)
Márcio David Silva (Esq.) e Roberto Carlos Nunes (Dir.) (foto: Polícia Civil/Divulgação)
Está concluído o inquérito que investigava a morte do policial militar Fábio Tadeu da Cunha, da equipe de escolta do ex-governador Alberto Pinto Coelho, ocorrida em 29 de julho deste ano. Para a Polícia Civil, não restam dúvidas de que Roberto Carlos Nunes de Souza, o Betinho, e Márcio David Silva, conhecido com Tuzinho, tentaram roubar o carro que estava sendo manobrado pelo militar e posteriormente atiraram contra a vítima. A dupla será indiciada por latrocínio, roubo, porte ilegal e venda de arma de fogo. Por estes crimes, eles podem ser condenados a mais de 40 anos de prisão.

De acordo com o delegado Júlio Campos Zica, responsável pelas investigações, o crime foi registrado por volta das 15h do dia 29 de julho, no Bairro Gutierrez, Região Oeste de Belo Horizonte. A vítima, que fazia parte da equipe de escolta do ex-governador, estava manobrando o carro na garagem do Partido Progressista (PP), quando foi abordado por dois homens que anunciaram o assalto. O policial estava à paisana e resolveu reagir. Conforme a Polícia Civil, os três entraram em luta corporal, fazendo com que o militar deixasse cair uma de suas armas, que foi roubada pelos suspeitos.

“A dupla fugiu, mas o Fábio foi atrás deles. Houve troca de tiros, mas o militar foi atingido pela própria arma que os bandidos lhe haviam roubado. Era uma pistola calibre .40, de uso restrito das forças armadas”, disse o delegado Júlio Campos Zica. Ainda conforme as investigações, os suspeitos fugiram e roubaram um veículo que passava pelo bairro. Eles seguiram até o viaduto que fica próximo a Avenida Amazonas, na altura do cruzamento com a Avenida Silva Lobo, onde pegaram um ônibus e fugiram para o Bairro Nova Gameleira.

No mesmo dia do crime, a polícia deu início às investigações e começou a receber informações via 181. O trabalho foi auxiliado pelo Grupo Especializado (GERI) da corregedoria da Polícia Militar. Após alguns dias, a 2° Delegacia de Polícia Civil Sul chegou ao primeiro nome. Márcio David Silva já estava preso por outro crime, cometido no Bairro Dom Bosco. Ele confessou participação na morte do militar e apontou onde estaria o seu comparsa.

No dia 22 de agosto, a polícia encontrou o segundo suspeito. Roberto Carlos Nunes de Souza estava no Bairro Nova Gameleira. Ele foi preso e assumiu a autoria do crime durante interrogatório na delegacia. “Ainda não encontramos a arma que foi utilizada pela dupla no dia, porque eles não quiseram contar para quem fizeram a venda do revólver. Eles serão indiciados e vão ficar a disposição da Justiça”, completou o delegado. Márcio está preso no Ceresp Gameleira, na Capital, e Roberto foi encaminhado para o presídio Bicas 1, na Grande BH.

O corregedor-geral da PM, coronel Renato Carvalhais, ressaltou a ação do policial. “Pelas imagens podemos ver que ele não se acovardou e que enfrentou o perigo, exatamente o que nós juramos quando nos tornamos militares”, disse.


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