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Estado de Minas

Polícia prende mais um integrante de quadrilha suspeita de aplicar golpe de R$ 10 mi

O homem, considerado um dos operadores da organização criminosa, foi encontrado em Praia Grande, no interior de São Paulo


postado em 27/08/2015 19:54 / atualizado em 27/08/2015 20:05

Polícia apreendeu R$ 310 mil durante a ação(foto: Polícia Federal (PF) / Divulgação)
Polícia apreendeu R$ 310 mil durante a ação (foto: Polícia Federal (PF) / Divulgação)

Mais um integrante da quadrilha de de estelionatários que aplicava golpes em pensionistas e servidores públicos em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro foi preso. Policiais conseguiram chegar até um suspeito em Praia Grande, no interior paulista. Com ele, já são 40 presos na megaoperação das policiais Federal, Civil e Militar, além do Corpo de Bombeiros e Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds). Os envolvidos vão começar a prestar depoimento a partir da próxima segunda-feira. O prejuízo estimado com o crime é de R$ 10 milhões.

De acordo com o delegado da Polícia Civil, Daniel Araújo, um dos responsáveis pela investigação, o homem foi preso por policiais federais na tarde desta quinta-feira. O suspeito é um dos operadores da organização criminosa. Ele foi encaminhado para a delegacia de plantão de Três Corações, na Região Sul de Minas Gerais. A Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi) da Seds fará, nos próximos dias, a transferência dele para Belo Horizonte.

As investigações resultaram na confecção de diversos relatórios. Os documentos foram encaminhados para mais de três mil pessoas ligadas ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), Defensoria Pública e ao Sistema Prisional. Os órgãos vão avaliar as prisões e as apreensões realizadas na operação.

A ação envolveu 300 policiais civis, federais, militares e agentes penitenciários. Os mandados foram cumpridos em oito cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, mas o inquérito será concluído na capital mineira, onde está uma das vítimas identificadas pela polícia. Ao todo, foram 39 pessoas presas. Os veículos apreendidos na operação devem chegar a Minas Gerais ainda nesta quinta-feira. A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Minas Gerais (FICCO-MG) já iniciou a análise dos conteúdos existentes nos computadores apreendidos. Estão sendo conferidos a procedência dos demais produtos encontrados.

As investigações apontam que a quadrilha abordavam as vítimas com o envio de falsas notificações judiciais que noticiavam supostos créditos oriundos de previdência complementar, com as quais haviam contribuído no passado. Para a liberação do dinheiro prometido, o grupo exigia a antecipação de valores a título de impostos e custas processuais. As vítimas, a maioria servidores públicos e pensionistas, depositavam elevadas quantias em contas repassadas pelos criminosos e, então, se davam conta que os créditos a que teriam direito eram fictícios.

Ao todo, foram presas 40 pessoas suspeitas de integrar a quadrilha(foto: Polícia Federal (PF) / Divulgação)
Ao todo, foram presas 40 pessoas suspeitas de integrar a quadrilha (foto: Polícia Federal (PF) / Divulgação)


O delegado da Polícia Federal, Flávio Albergaria, disse na quarta-feira, que a maioria das vítimas começavam enviando valores entre R$ 1 mil e R$ 2 mil, mas os valores iam crescendo e podiam chegar a valores gigantescos. Uma das vítimas chegou a depositar um milhão na conta dos criminosos.

Os líderes do grupo, Janete Gomes e o marido dela, foram presos na Zona Sul de São Paulo. Na casa do casal, a polícia encontrou dinheiro, carros e listas de contato que comprovam a participação nos golpes. As investigações mostraram que organização criminosa conseguia as informações das vítimas por meio de bancos de dados roubados.

Os presos vão responder pelos crimes de organização criminosa e estelionato, cujas penas somadas podem chegar a 13 anos de prisão.


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