Cerca de 200 motoristas de transporte escolar de Minas Gerais estão reunidos na praça do Papa, região Centro-Sul de Belo Horizonte, na manhã deste sábado para prostestar contra a exigência do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) de unificação da frota. Participam do movimento também lideranças de São Paulo, Brasília e Bahia.
No encontro a categoria decididiu, em votação, que a comissão irá até a Assembleia e os motoristas continuam concentrados na praça até saber se o ministro dos transportes Gilberto Kassab irá recebe-los. Se ele manter o encontro, os motoristas vão sair em carreata para a rodoviária. Caso seja cancelado, os motoristas seguem em protesto para a Assembleia.
A comissão que representa os transportadores de escolares quer discutir a viabilidade do cumprimento da lei que obriga os veículos a usarem cadeirinhas e demais dispositivos de retenção para crianças, como bebê conforto e assento de elevação. Além do dilema do uso dos equipamentos, o grupo pretende discutir um projeto de padronização em estudo pelo governo federal. Transportadores temem que, uma vez aprovado o projeto, as vans sejam substituídas por ônibus, inviabilizando o trabalho da categoria tanto do ponto de vista financeiro como da mobilidade no trânsito.
A polêmica das cadeirinhas começou com a publicação da Resolução 533, que obriga os escolares a usar as cadeirinhas e demais dispositivos. Lei que entrará em vigor em fevereiro do ano que vem. O grande problema é que no Brasil tais dispositivos só podem ser instalados em cintos de segurança de três pontos, e nenhuma das vans à venda no Brasil possui a peça nos bancos traseiros.