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Estado de Minas

Corpo de estudante morto pela mãe é enterrado no Norte de Minas

Guilherme Manoel de Magalhães Rodrigues, de 20 anos, foi morto com golpes de uma barra de ferro; mãe alega que filho teria pedido para morrer por causa de doença


postado em 06/08/2015 11:15 / atualizado em 06/08/2015 11:35

Foi sepultado na manhã desta quinta-feira, no Cemitério Municipal São Judas, em São Francisco, no Norte de Minas, o corpo do universitário Guilherme Manoel de Magalhães Rodrigues, de 20 anos, morto nessa quarta-feira pela mãe, Mirian de Fátima Magalhães, de 49, com golpes de uma barra de ferro, conhecida como labanca. Guilherme estudava Engenharia da Automação na Universidade Federal de Itajubá (Unifei), campus de Itabira. A mãe confessou que cometeu o crime a pedido do próprio filho, que teria pedido para morrer porque não suportava mais as fortes dores provocadas por uma doença crônica incurável, o "mal de Crohn" que ataca o sistema gastrointestinal.

Mirian está presa na cadeia pública de São Francisco. O delegado da cidade, Emmanuel Robson Gomes, disse que, embora tenha apresentado estar um pouco depressiva, a mulher foi submetida a exames médicos e não foram constatados problemas mentais. Em depoimento, Mirian de Fátima disse que o filho alegou que "não suportava mais as dores que sentia em virtude da doença" e que queria que mãe o matasse. Por volta das 10 horas de ontem, enquanto Guilherme estava deitado, a mulher foi até o quintal, apanhou a 'labanca' e desferiu vários golpes no rosto do estudante, que teve morte instantânea. Em seguida, Mirian foi a casa de uma vizinha e pediu que a Polícia Militar fosse acionada.

Conforme Emanuel Gomes, ao mesmo tempo que disse estar arrependida, Miriam de Fátima alegou que somente cometeu o crime com o intuito de "satisfazer a vontade do filho". O delegado salientou que, mesmo com este argumento da autora, não pode considerar o caso como "homicídio privilegiado, diante do relevante valor moral do crime", o que poderia atenuar a pena, conforme prevê o Código Penal Brasil (artigo 121, parágrafo primeiro). Para o delegado, na prática, a mulher cometeu um crime bárbaro, sem dar chances de defesa a vítima e por isso, vai indiciá-la por homicídio duplamente qualificado.

Emmanuel Robson Gomes disse que embora reclamasse das fortes dores provocadas pela doença crônica, o estudante Guilherme Manoel levava uma vida normal. "Tanto é assim que ele estava frequentando aulas de direção numa autoescola da cidade", observou o policial.

O crime chocou os moradores de São Francisco porque, aparentemente, Mirian de Fátima tinha uma boa relação com o filho. Ele retornou a São Francisco para passar as férias escolares com a mãe.


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