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Estado de Minas

Casal que montou laboratório de falsificação de documentos em casa é preso em BH

Polícia Civil apreendeu vários computadores, um deles com mais de 300 documentos falsificados. Polícia chegou aos suspeitos após fazer várias prisões de pessoas tentando fazer empréstimos com os papéis


postado em 30/07/2015 17:09 / atualizado em 30/07/2015 17:26

Polícia apreendeu documentos em branco para montagem(foto: Polícia Civil/Divulgação)
Polícia apreendeu documentos em branco para montagem (foto: Polícia Civil/Divulgação)
A Polícia Civil prendeu um casal suspeito de falsificação de documentos em Belo Horizonte. Segundo a polícia, no apartamento deles, que fica no Bairro União, Região Nordeste da capital, foi encontrado um verdadeiro laboratório de falsificação. A suspeita é de que eles tenham comparsas em outras cidades mineiras e até em outros estados. A polícia também investiga o possível envolvimento deles em lavagem de dinheiro e fraude em licitações.

De acordo com o delegado Murillo Lima, da 4ª Delegacia de Polícia Civil Noroeste, a equipe chegou até Cibele Mendes Fonseca, de 27 anos, e Cristiano Carlos dos Santos, de 38, após várias prisões pontuais que começaram no fim do ano passado. As pessoas detidas tentaram fazer empréstimos bancários na Região Metropolitana de BH com documentos falsos. As investigações prosseguiram até que, na quarta-feira, a Polícia Civil cumpriu um mandado de busca e apreensão no imóvel do casal.

"No momento que a gente entrou na casa, eles fingiram que não tinha ninguém lá dentro e jogaram o computador atrás do guarda roupa", explica o delegado. A máquina é um notebook onde foram encontrados mais de 300 documentos falsos, entre carteiras de identidade, CNHs, comprovantes de endereço. A polícia ainda apreendeu vários computadores, impressoras, equipamentos eletrônicos, produtos químicos utilizados para adulteração, cartões e uma série de documentos em branco para montagem. "Há informações de que eles agiram em outros locais do estado de Minas, possivelmente até fora do estado. As falsificações deles eram muito bem feitas", destaca.

Segundo o delegado, a dupla criou algumas empresas, que só existem no papel, para supostamente lavar dinheiro. Também há suspeitas da atuação deles em outros crimes. "A Polícia Civil e órgãos públicos investigam um eventual esquema de fraudes em licitações, eles tinham vários documentos nessas causas", explica.

Cibele e Cristiano foram orientados pelos advogados a permanecer em silêncio, conforme Murillo Lima. Eles foram presos em flagrante por falsificação de documento público, e também são investigados por estelionato, associação criminosa, crimes fiscais e lavagem de dinheiro. Lima também afirma que o casal já foi preso na cidade de Pedro Leopoldo, em 2012, pelo mesmo crime. Eles foram condenados e cumpriram prisão domiciliar.

Os suspeitos foram levados para os Centros de Remanejamento de Presos (Ceresps) Gameleira e Centro-Sul. O delegado também pediu a conversão da prisão deles em flagrante para preventiva. "Agora as investigações procedem para apurar a eventual lavagem de dinheiro e o que eles acumularam de patrimônio, identificar os outros comparsas da associação criminosa e proceder na responsabilização criminal deles", finaliza.


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