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Estado de Minas

Menina de 13 anos que morreu eletrocutada em BH é velada no interior de Minas

Adolescente viajaria de férias nesta terça-feira com a família e levou choque enquanto carregava as bagagens para o carro.Acidente foi no dia do aniversário da mãe


postado em 28/07/2015 13:29 / atualizado em 28/07/2015 13:45

Maria Eduarda deixou uma irmã mais velha e um irmão caçula(foto: Reprodução/TV Alterosa)
Maria Eduarda deixou uma irmã mais velha e um irmão caçula (foto: Reprodução/TV Alterosa)
Está sendo velado na cidade de João Pinheiro, Região Noroeste de Minas Gerais, o corpo da adolescente Maria Eduarda do Prado Duarte, 13 anos, que morreu eletrocutada em um prédio no Bairro Buritis, Região Oeste de Belo Horizonte, na tarde de segunda-feira. A mãe dela fazia aniversário ontem e a família se preparava para viajar de férias nesta terça. Maria Eduarda será sepultada nesta tarde no Cemitério Santa Helena. Segundo a Polícia Civil, o corpo da adolescente foi liberado ontem. Ainda não há informações sobre a investigação do caso.

Os pais da menina estavam trabalhando na loja de eletrônica deles, no Centro de BH, quando receberam a notícia. A menina estava em casa com dois irmãos, a avó e um tio. Ela desceu com o tio para colocar a bagagem da viagem no carro, carregando dois travesseiros, e foi abrir o portão do prédio para um primo, quando levou o choque. Maria Eduarda, que estava descalça, passou por dentro do canteiro do jardim e pisou numa grade de tela que protege o hidrômetro. A tela afundou, ela perdeu o equilíbrio e se apoiou na caixa de metal que fica no muro. Dentro havia um emaranhado de fios soltos, muitos deles emendados, e um nobreak para garantir o funcionamento do portão eletrônico em caso de falta de energia elétrica.

O tio da menina, João Augusto Monteiro, disse que estava mexendo no carro quando escutou a sobrinha pedindo socorro. “Ela desceu com o meu filho, que ia colocar o lixo para fora, e a escutei gritar: ‘Choque, choque, choque’. Tentei puxá-la e também levei choque. Eu a enrolei com o travesseiro e consegui retirá-la. Ela começou a vomitar muito”, contou o tio à perícia.

Segundo a perícia, a caixa de fiação era uma “verdadeira gambiarra”. Possivelmente, um dos fios descascados pode ter encostado na caixa de metal, que ficou energizada. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado. A médica ainda tentou reanimar a adolescente, mas constatou que ela já estava morta.

Acidente ocorreu em prédio da Rua Pedro Natalício de Morais: choque em caixa de interfone com fios desencapados (detalhe) causou tragédia(foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)
Acidente ocorreu em prédio da Rua Pedro Natalício de Morais: choque em caixa de interfone com fios desencapados (detalhe) causou tragédia (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)


O condomínio tem três blocos e cada um tem um síndico. “Fiquei surpreso com o estado da fiação. Não sabia que estava naquela situação”, reconheceu o síndico geral, Carlos Magno Diniz Abreu. Ela conta as tarefas são distribuídas entre os síndicos e que a manutenção do portão eletrônico é função do síndico do bloco 3, que é justamente o pai da menina que morreu. “Essa fiação sempre foi assim, desde que o prédio foi construído. A única mudança foi há dois meses, quando o botão de acionamento do portão eletrônico foi retirado de junto da caixa de fiação, para evitar que a pessoas pisassem na grama, e instalado junto ao portão”, disse Abreu. Uma moradora, que pediu para não ser identificada, contou que o pai da menina, que trabalha com eletrônica, foi quem fez a canaleta para passagem do fio.

QUEIMADURAS O corpo da adolescente foi levado para o Instituto Médico-Legal (IML). Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, que administra o Samu, a criança teve queimaduras e sofreu parada cardiorrespiratória. No entanto, segundo o perito do Instituto de Criminalística Júlio César Freitas, somente o laudo de necrópsia pode confirmar a causa da morte. “Ela pode ter morrido em função do choque ou sufocada pelo vômito. A menina tinha acabado de almoçar”, disse o perito, que recomendou um técnico com urgência para organizar a fiação. Maria Eduarda deixou uma irmã mais velha e um irmão caçula.


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