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Estado de Minas SÃO JOÃO DEL REI

Moradores pedem volta das cores originais de fachada pintada sem autorização em Minas

Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural do município já notificou o responsável pela "mudança". Historiador demonstra preocupação sobre contexto da Rua da Cachaça


postado em 24/07/2015 15:18 / atualizado em 24/07/2015 16:29

(foto: Mariana Resende/Divulgação)
(foto: Mariana Resende/Divulgação)
Tombada em 1938, a cidade de São João del-Rei, localizada na Região do Campo das Vertentes de Minas Gerais, se tornou palco de uma grande polêmica desde o mês passado. A história começa quando um morador da cidade pintou parte da fachada da Rua Marechal Bittencourt, conhecida também como Rua da Cachaça. A situação gerou desconforto entre as pessoas que vivem no local e chegou ao conhecimento do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural do município.

Segundo a turismóloga e moradora do centro histórico, Mariana Resende, a situação precisa ser revista, já que trata-se de um local preservado pelo patrimônio público. "Acho um absurdo que se interfira na memória de uma cidade desta maneira. Valorizo a história da minha cidade e busco preservá-la para que seja valorizada nossa cultura e, consequentemente, para que haja sempre mais incremento ao turismo, gerando renda e emprego aos moradores. Agir por conta própria em intervenções urbanas, sem consentimento dos órgãos responsáveis, é um desrespeito imensurável”, alerta.

Com a mobilização de vários moradores, inclusive pelas redes sociais, para que a fachada seja pintada novamente com as cores originais, o Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural, com o apoio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), foi até o local e notificou o morador responsável pela pintura. Ele tem o prazo de 40 dias, em média, para regularizar a situação.

“Nós já tomamos todas as providências necessárias e cabíveis para que o local volte a ser como era. Temos que esperar o fim deste prazo para que o morador pinte a fachada. Caso ele descumpra a ordem da notificação, encaminharemos o caso para o Ministério Público do estado”, disse a presidente do Conselho Municipal, Ruth Viegas.

Conforme Luiz Miranda, guia e historiador da cidade, o processo precisa ser feito com urgência, já que a cidade recebe inúmero turistas durante o ano. “Os visitantes chegam aqui buscando conhecer a história como ela é, mas desta forma acabam perdendo um pouco do conteúdo de São João del-Rei. Acho que o morador não fez por mal, mas é preciso manter a história”, salientou.

O em.com.br entrou em contato com a prefeitura de São João del-Rei que, por meio da secretaria municipal de Cultura,  informou não ter recebido notificação sobre o caso.

(foto: Mariana Resende/Divulgação)
(foto: Mariana Resende/Divulgação)
 


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