Evaldo Alves Ribeiro, de 47 anos, e o caseiro Josias Rocha Coutinho, de 57, foram mortos em 3 de abril dentro do sítio do militar, no Bairro Bandeirinhas, zona rural de Betim. Segundo o delegado da 2ª Delegacia Regional da cidade, Renato Veran, todas as evidências apontam para um caso de latrocínio. De acordo com as investigações, Jonatas contou com a ajuda de Edivaldo Felizardo Lopes, que já havia prestado serviços para o policial e sabia da existência de uma arma de fogo dentro do imóvel. “Ficou claro para nós que a intenção era roubar o revólver calibre 38 que pertencia à vítima”, explica Veran.
No dia do crime, Jonatas e Edivaldo se encontraram com as vítimas em um bar, onde beberam juntos. Testemunhas contaram à Polícia Civil que depois de um tempo, os quatro foram embora e se dirigiram até o imóvel de Evaldo. Lá, eles teriam continuado a ingerir bebida alcoólica, até o momento em que a dupla anunciou o assalto, em busca do revólver. Exames de balística revelaram que os criminosos usaram a própria arma do militar para executar as vítimas.
Depois de matar Evaldo e Josias, a dupla fugiu em um veículo HB20, placa PVJ-1172, que pertencia ao policial militar. O carro foi abandonado e incendiado no município de Mario Campos, onde os suspeitos moravam, pouco tempo depois do crime. Durante levantamento de informações, os investigadores descobriram que Jonatas fazia questão de contar a conhecidos de sua cidade que havia matado um policial militar, o que aumentou as suspeitas de participação no caso.
Ele acabou preso nessa sexta-feira, em Ravena, em um local que reúne jovens viciados em droga interessados em enfrentar o vício. Abordado, ele confessou a participação no crime. Edivaldo, apontado como coautor, foi morto durante um confronto com a PM uma semana depois do duplo homicídio. Jonatas foi encaminhado para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Betim e foi indiciado por dois crimes de latrocício.