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Estado de Minas

Pilotos e especialistas discutem segurança nos voos em palestra em Belo Horizonte

Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Seripa e escolas de aviação se reúnem para apresentar informações sobre segurança, afim de evitar acidentes aéreos como os registrados em junho


postado em 07/07/2015 11:33 / atualizado em 07/07/2015 11:50

Este é o segundo ciclo de palestras promovido pela Polícia Militar neste ano(foto: Michel Nazar/Divulgação)
Este é o segundo ciclo de palestras promovido pela Polícia Militar neste ano (foto: Michel Nazar/Divulgação)

Policiais militares, civis, bombeiros, além de pilotos e estudantes da aviação civil participam, na manhã desta terça-feira, de um ciclo de palestras sobre a segurança operacional dos voos. Considerando o número de acidentes registrados em Minas Gerais no último mês – foram quatro, deixando oito mortos -, representantes das corporações falam da importância do conhecimento para evitar novas tragédias.

Organizador do evento, o tenente-coronel Rodrigo Souza Rodrigues, comandante do Batalhão de Radiopatrulhamento Aéreo da Polícia Militar, explica que o encontro é focado no gerenciamento de risco e na segurança de voo. Entre os palestrantes estão representantes do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes (Seripa III), órgão que integra o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), falando sobre a segurança nas instruções, manutenção e a gestão de risco. “Não basta estar com equipes treinadas e com boa aeronave, tem que fazer a inserção (no espaço aéreo) de forma segura. É nesse sentido a gestão do risco. Voar para muitas pessoas é perigoso e arriscado, mas tudo na vida, até atravessar uma rua, tem relativo perigo”, afirma.

Cerca de 250 profissionais e estudantes participam do evento, que teve uma adesão maior do setor civil nesta edição. O subcomandante do Batalhão de Operações Aéreas do Corpo de Bombeiros, capitão Anderson Passos, acredita que a presença desse público é de fundamental importância, levando em conta os acidentes de junho. “O fator humano geralmente é sempre determinante, o comportamento das pessoas, a percepção. Eu acho que essa aproximação das academias de formação, escolas e faculdades são um auxílio a nós. A questão da percepção do risco motiva as pessoas a se prevenirem”, destaca o militar, que também acompanha o evento.

“Uma coisa recorrente é que os acidentes aeronáuticos acontecem por causa de uma sequência de eventos. Se solta uma peça, ela é um evento final, mas pode ter sido precedida de falta de verificação. Ou seja, acaba sendo um efeito dominó. Todo treinamento é voltado para a interrupção desse efeito dominó”, ressalta o capitão. 

Ver galeria . 32 Fotos Rodrigo Clemente/EM/D.A Press
(foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A Press )


ACIDENTES EM JUNHO No mês passado, os mineiros foram surpreendidos por uma série de acidentes aéreos em um intervalo de 25 dias. As causas das ocorrências ainda estão sendo apuradas pelo Seripa. Em 29 de junho, uma aeronave de pequeno porte caiu em Conselheiro Lafaiete, deixando um morto e um ferido.

Em 5 de junho, um avião agrícola caiu em Monte Carmelo, no Alto Paranaíba, matando uma pessoa. Logo em seguida, ainda na mesma semana, um bimotor caiu em cima de uma casa no Bairro Minaslândia, na Região Norte de Belo Horizonte, depois de decolar do aeroporto da Pampulha. O piloto, o copiloto em um passageiro morreram.

No dia 17, um helicóptero caiu  em Santa Rita de Ouro Preto, distrito de Ouro Preto, na Região Central do estado. Morreram os três ocupantes: o piloto Felipe Piroli, de 24 anos, além do empresário Roberto Queiroz, de 63, dono de uma corretora com atuação em Minas e no Rio de Janeiro, e de seu filho, Bruno Queiroz, de 23.


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