(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Crise hídrica dificulta combate a incêndios na Grande BH

Nível baixo de reservatórios complica atuação do Corpo de Bombeiros para captar água usada para debelar chamas em vegetação no estado


postado em 06/07/2015 06:00 / atualizado em 06/07/2015 07:27

Estiagem afeta controle do fogo pelos helicópteros dos bombeiros(foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press - 19/9/14)
Estiagem afeta controle do fogo pelos helicópteros dos bombeiros (foto: Paulo Filgueiras/EM/DA Press - 19/9/14)

Ocorrências de incêndios em mata mobilizaram equipes do Corpo de Bombeiros no fim de semana na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Entre a 0h de sábado e o fim da tarde de ontem, foram 78 registros, 62 apenas ontem. Embora o volume de ocorrências este ano esteja abaixo de 2014, a crise hídrica dificulta o combate aos incêndios em vegetação, alerta o subcomandante do 1° Batalhão de Bombeiros Militares, Major Farley Soares Rocha. Para ele, entre agosto e setembro, quando a vegetação está mais seca e com reservatórios vazios, espera-se uma situação crítica, se não houver conscientização da população. Uma das principais preocupações nesse período de festas típicas de São João são as fogueiras, fogos de artifício e os balões artesanais de fogo.

O batalhão de Farley responde por locais como as serras do Curral, Rola Moça, Moeda, matas da Baleia e Borboletas, entre outras áreas de preservação ambiental na Região Central de Minas Gerais. Comandante de helicóptero da corporação, ele vê dificuldades no uso da ferramenta no combate aos incêndios florestais. “Com a crise hídrica, tem sido difícil encontrar reservatório para abastecer o Bambi Bucket - sistema de bolsa de água acoplada em aeronaves – para apagar o fogo em pontos críticos. Os caminhões-tanque, que nem sempre conseguem chegar em pontos críticos na mata, também não têm como abastecer. O combate vai se limitar ao uso de chicotes e abafadores, o que dificulta que as chamas se alastrem”, explicou.

Para o major, há dois aspectos que podem minimizar os risco de grandes incêndios florestais. Ele aposta na conscientização das pessoas, principalmente aquelas em áreas rurais que têm o hábito de fazer queimadas. Outro cuidado é não desmatar e a limpeza de terrenos, evitando a concentração de material de combustão, como mato e galhos secos. Farley lembra ainda que colocar fogo em vegetação é crime, previsto no artigo 250 do Código Penal. E em caso de ferimentos ou morte de pessoas ou espécies da fauna e devastação da flora, a situação pode ainda se agravar, com base no Código Penal e na legislação ambiental.

Entre os 16 incêndios registrados em mata na Grande BH ontem, um na Avenida Raja Gabaglia, altura do número 4.700, no Santa Lúcia, Centro-Sul da capital, deixou comerciantes e moradores apreensivos, com medo de que o fogo se alastrasse. Segundo bombeiros, as chamas tiveram início num lote vago murado. O fogo foi contido sem risco para outros imóveis.

E até a operação do metrô correu risco, com um incêndio em mata vizinha à linha férrea entre as estações Santa Inês e José Cândido, Leste de BH. No Anel Rodoviário, altura do Km 540, sentido Rio de Janeiro, bombeiros combateram um início de incêndio em mata, a pedido da Concessionária Via 040, mas o trânsito não ficou complicado.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)