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Estado de Minas

Suspeita de matar gestante em Ponte Nova diz ter cometido crime para acobertar falsa gravidez

Gilmária Silva Patrocínio disse que deu uma pancada na cabeça da vítima com um pedaço de madeira e retirou o bebê da barriga da mãe com uma lâmina de barbear


postado em 01/07/2015 17:57 / atualizado em 01/07/2015 20:20

Ver galeria . 23 Fotos Gilmária Silva Patrocínio, que confessou o crime, junto com policiais civisLeandro Couri/EM/D.A.Press
Gilmária Silva Patrocínio, que confessou o crime, junto com policiais civis (foto: Leandro Couri/EM/D.A.Press )

A Polícia Civil terminou no fim da tarde desta quarta-feira a reconstituição do crime bárbaro contra Patrícia Xavier da Silva, 21 anos, em Ponte Nova, na Região da Zona da Mata de Minas Gerais. A vítima estava grávida de nove meses e teve o filho retirado por Gilmária Silva Patrocínio, que confessou o assassinato. Em sua versão, disse que atraiu Patrícia para a zona rural da cidade alegando que iria lhe dar de presente alguns materiais para a criança, como um berço. E lá, cometeu o homicídio. A mulher informou que cometeu o crime porque havia inventado uma gravidez para o marido e tinha medo de perdê-lo se não aparecesse com a criança. O homem e um andarilho detidos nesta manhã ainda serão investigados.

Gilmária teve a prisão preventiva decretada depois de entrar várias vezes em contradição durante o depoimento prestado nesta manhã na delegacia da cidade. Por volta das 15h30, a mulher, que acabou confessando o assassinato, foi levada até o Bairro Vale Verde, próximo a Fazenda Estiva, na zona rural da cidade, para fazer a reconstituição do crime.

De acordo com o delegado de homicídios, Silvério Rocha, responsável pelo caso, Gilmária esperou o fim da consulta de Patrícia no Hospital Nossa Senhora das Dores e a atraiu até o Bairro Vale Verde. Na versão da mulher, ela prometeu dar de presente para a vítima alguns objetos para a criança. “A mulher alegou que já conhecia a vítima e inventou uma história que tinha umas roupas de criança e um berço para doar e atraiu a mulher. Chegando no local, inventou uma nova história e se armou com um pedaço de madeira de uma cama desmontada que estava no local. Fez a vítima como refém, usou a bolsa para amarrá-la e fez ela subir até o meio do matagal. Lá, a atingiu com um golpe de madeira”, comenta o delegado.

Patrícia desmaiou com o golpe. Para esconder a vítima, Gilmária usou uma caixa d'água vazia. “Depois disso, ela desceu até uma construção, pegou uma fita crepe, uma lâmina e voltou até o local. Disse que pegou o pedaço de madeira e um golpe no pescoço da vítima que até causou a hemorragia. Em seguida, a amarrou com a fita crepe e a amordaçou. Com a lâmina, fez incisão na barriga e no útero e pegou a criança”, explicou Rocha.

Gilmária se mostrou uma mulher fria depois do crime. Segundo o delegado, a mulher pegou a criança ainda com a placenta e enrolou em alguns panos. Em seguida, colocou dentro de uma caixa e foi caminhando até a cidadde. Lá, pegou um táxi e foi para casa. No imóvel, acionou o Corpo de Bombeiros dizendo que tinha feito o próprio parto em casa. Por causa disso, foi encaminhada para o Hospital Nossa Senhora das Dores junto com a placenta e o bebê de Patrícia. “Gilmária veio para o hospital conduzida pelos bombeiros alegando que tinha feito o parto em casa. Ela foi atendida e recebeu alta. Ontem, a tarde internou novamente com a criança dizendo que estava acometida com algum mal, me parece pressão”, explica Cristian Passi, administrador do Hospital.

A Polícia Civil conseguiu informações sobre a mulher e fez a prisão dela na manhã desta quarta-feira na unidade de saúde. “O delegado veio e retirou ela e o marido da unidade de saúde. A criança, que está sadia, graças a Deus, foi levada para o Conselho Tutelar de Ponte Nova”, afirma Cristian. O administrador diz que o hospital está colaborando com as investigações. “ O hospital sempre auxiliou e está à disposição da polícia para desvendar este crime. Já entregamos as imagens do circuito interno”, confirmou.

Patrícia estava desaparecida desde a última sexta-feira(foto: Reprodução/Facebook)
Patrícia estava desaparecida desde a última sexta-feira (foto: Reprodução/Facebook)
Motivação para o crime

Segundo o delegado Silvério Rocha, Gilmária confessou que inventou uma gravidez para o marido e estava com medo de ele a abandonar caso não aparecesse com uma criança. Por isso, ela fingiu um parto em casa e acionou o Corpo de Bombeiros. “Premeditou o crime. Ela precisava de uma criança. Criou uma história que justificaria a vinda da vítima até o local que já conhecia porque a família dela tem um terreno vizinho”, comentou o delegado.

A polícia ainda não descartou a participação de outras pessoas no crime. Um andarilho preso nesta manhã depois que a polícia encontrou um cupom fiscal de compras no local do crime, vai continuar na delegacia. Os investigadores analisaram imagens das câmeras de segurança de um supermercado e identificaram o homem. A prisão preventiva dele já foi solicitada pelo delegado. A participação do companheiro de Gilmária ainda é investigada.




A polícia aguarda o resultado do exame de DNA que vai confirmar se o bebê encontrado com Gilmária é mesmo o filho de Patrícia. O resultado está previsto para sair dentro de 30 dias. Segundo o delegado, o recém-nascido passa bem, está em local seguro, com conhecimento da Justiça. O companheiro de Gilmária foi liberado.


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