Em 2014, o ex-policial civil Lúcio Lírio Leal foi condenado a 12 anos de prisão pelo mesmo crime.
Durante o julgamento, o advogado de defesa alegou que há uma série de contradições no processo contra o réu. Ele lembrou o nome de fotógrafo Walgney Assis Carvalho (também executado a tiros) e tentou incriminá-lo pela morte de Rodrigo Neto. A tese foi considerada superficial pelo Ministério Público.
O representante do Ministério Público destacou que a existência de provas “fartas e claras” colhidas ao longo de sete meses de investigação levam ao nome de Alexandro. O réu negou a participação no crime e disse não saber ao certo o motivo pelo qual está sendo julgado.
O delegado Emerson Morais, que liderou o trabalho de investigação sobre a morte do jornalista, foi o primeiro a ser ouvido como testemunha de acusação. Ele disse que as evidências levam a crer em queima de arquivo e apontou evidências que ligam Alexandro à execução do repórter.
Quatro homens e três mulheres formaram o conselho de sentença que definiu o destino de Alessandro.
Rodrigo Neto mantinha um programa de plantão policial na Rádio Vanguarda e era também repórter do Jornal Vale do Aço. Ele já havia denunciado, na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, o envolvimento de policiais nos crimes que ficaram conhecidos como Chacina de Belo Oriente e o grupo de extermínio "Moto Verde". Rodrigo produziu várias matérias sobre os casos que incriminavam policiais militares da cidade.