O processo de realização do concurso público da Unimontes foi iniciado em novembro do ano passado, visando o preenchimento de 637 vagas para professor, incluindo vagas de efetivados pela Lei Estadual número 100, julgada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No fim de abril, após a conclusão de todas as etapas das provas de conhecimento, didáticas e de títulos e a divulgação das pontuações obtidas pelos candidatos, o juiz Lailson Braga Baeta Neves, da Segunda Vara da Fazenda Pública de Montes Claros, suspendeu o concurso. Ele baseou numa representação do Ministério Público, feita a partir de denúncia anônima, dando conta de que em alguns editais não havia sido feita a reserva de vagas para portadores de deficiência, como determina a legislação, o que foi contestado pela universidade.
Surgiu na cidade um movimento dos candidatos ao concurso, denominado “Luto pelo concurso”, em defesa da manutenção do certame. Eles fizeram uma grande mobilização, com passeatas, carreatas e manifesto distribuído à comunidade, ressaltando que todas as etapas do concurso tiveram o acompanhamento do próprio Ministério Público. Por outro lado, a Unimontes encaminhou recurso ao TJMG.
Durante a audiência pública, o reitor João dos Reis Canela anunciou a homologação dos resultados do concurso. O representante do movimento “Luto pelo Concurso”, Felipe Froes, entregou um documento aos deputados estaduais, a ser encaminhado ao Governo do Estado, pedindo a “nomeação imediata” dos professores aprovados. O presidente da Associação dos Docentes da Universidade – Adunimontes, Gilmar Ribeiro dos Santos, também disse que entidade vai solicitar à Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) para que a posse dos aprovados aconteça imediatamente.