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Estado de Minas

Jornalista assassinado era uma pessoa tranquila, diz colega de trabalho


postado em 21/05/2015 08:46

O jornalista Evany José Metkzer, de 67 anos que foi assassinado em Padre Paraíso, no Vale do Jequitinhonha, era uma pessoa tranquila e, aparentemente, não tinha inimigos. A informação é do empresário Pedro Ramos Pereira, dono de uma empresa de comunicação visual em Montes Claros (Norte de Minas), onde Metkzer trabalhou durante cerca de quatro anos, antes se mudar para Medina (também no Jequitinhonha), cidade que ele mantinha o blog "Coruja do Vale".

"O Metzker era uma pessoa tranquila e um profissional aplicado, que não tinha problemas com ninguém. Fiquei surpreso quando fiquei sabendo da morte dele, diz Pedro Ramos. “O problema que ele foi mexer com jornalismo investigativo numa região perigosa”, acrescentou. Ele disse que o jornalista trabalhou em sua empresa como design gráfico. Além disso, dava aulas sobre programas de computação gráfica.

Evany José Metzker deixou como viúva a professora Hilma Chaves Silva Borges, de 51, com quem viveu durante 11 anos, em Medina. Antes, quando morou em Montes Claros, ele foi casado com uma outra mulher, com quem teve um filho, hoje com 17 anos e continua morando na cidade do Norte de Minas. De acordo com Pedro Ramos, mesmo depois de ter mudado para o Vale do Jequitinhonha, sempre Metkzer viajava até Montes Claros, para a impressão de um jornal de circulação mensal que ele produzia.

O corpo do jornalista foi encontrado decapitado à beira de uma estrada, num local isolado, de pouca movimentação de pessoas, na zona rural do município, na última segunda-feira. A policia tem com linha de investigação a queima de arquivo, devido ao trabalho de jornalismo investigativo, além de considerar a hipótese de crime passional.

Na quarta-feira, foi enviada para Padre Paraíso, a fim de investigar a morte de Evany José Metzker uma uma equipe do Departamento de Investigação de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), coordenada pelo delegado Emerson Morais, o mesmo policial que comandou a apuração dos assassinatos dos jornalistas Rodrigo Neto, de 38; e Wagney Carvalho, de 44, ocorridos em Ipatinga e Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, no início de 2013. A equipe do DHPP foi designada pelo Governo do Estado para a nova investigação após cobrança do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais de uma força-tarefa para apurar o caso.


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