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Estado de Minas

Primeira carta arqueológica de Minas será lançada em Congonhas


postado em 17/05/2015 06:00 / atualizado em 17/05/2015 08:55

Arqueólogos mapearam sítios históricos da cidade da Região Central(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Arqueólogos mapearam sítios históricos da cidade da Região Central (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Um dos destaques da comemoração dos 30 anos da Cidade dos Profetas como patrimônio mundial é o lançamento da Carta arqueológica Congonhas, primeira de Minas e das únicas do país elaborada para mapear sítios históricos e nortear ações no município e no vizinho Jeceaba, a fim de impedir danos ao patrimônio cultural. O trabalho, organizado pelos arqueólogos Alenice Baeta e Henrique Piló, foi possível graças a uma medida condicionante no processo ambiental de uma mineradora que atua na região, firmada com o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), via Coordenadoria das Promotorias de Justiça de Defesa do Patrimônio Histórico e Turístico (CPPC).

Os levantamentos demandaram um ano e meio e resultaram na identificação de 117 sítios históricos de explotação mineral nos séculos 18 e 19. “Há caminhos e estradas antigas, galerias de mineração, mundéus ou tanques para lavagem de ouro e outros”, diz Piló, que ficou impressionado com o potencial de Congonhas. “Às vezes, nas conversas com moradores, nos surpreendíamos quando diziam, na maior simplicidade, que tinham galerias bem no quintal de casa”, conta o arqueólogo.

“Congonhas tem muito mais do que o santuário com os profetas. Há um potencial riquíssimo, com estruturas de fazendas ainda pouco exploradas. Fizemos um levantamento preliminar e há muito mais para ser descoberto. Por isso contamos com a colaboração da população, pois a carta vai se transformar num banco de dados digital a ser alimentado continuamente com informações”, adianta o arqueólogo.

Com o documento pioneiro, Congonhas poderá preservar o seu patrimônio e direcionar os empreendimentos, como a construção de estradas, edificações e outros. Mas, de antemão, Piló diz que “em determinados locais não poderá haver qualquer tipo de intervenção.”


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