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Estado de Minas

Consol diz que construtora fez mudanças em projeto do viaduto Batalha dos Guararapes

A Cowan se defendeu e disse que as acusações são improcedentes. O depoimento do diretor da Consol foi realizado para um procedimento do Ministério Público que apura a tragédia


postado em 06/05/2015 20:28

Um dos indiciados pela Polícia Civil por causa da queda do Viaduto Batalha dos Guararapes prestou depoimento ao promotor Eduardo Nepomuceno, da Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, na tarde desta quarta-feira. O dono da empresa Consol, responsável pela elaboração do projeto do elevado, Maurício de Lana, disse ter sido solicitado pela Construtura Cowan para que mudanças fossem feitas no desenho. A Cowan se defendeu e disse que as acusações são improcedentes. A oitiva foi realizada para um procedimento do Ministério Público que apura a tragédia.

O pedido foi em julho de 2013, um ano antes da queda do viaduto. “Em reunião, nos foi solicitada a abertura de duas janelas na laje superior da estrutura. O projetista foi consultado e disse que não havia possibilidade de que isso fosse feito. Ainda assim, fotos feitas após a queda da alça sul mostram que pelo menos 42 janelas foram abertas”, afirmou Lana.

Segundo ele, a mudança é significativa e pode ter abalado a estrutura. Ainda de acordo com o dono da Consol, o erro de cálculo no bloco do pilar 3 não foi suficiente para provocar o desmoronamento do viaduto. “Refizemos os cálculos e comunicamos à Sudecap de que ele tinha capacidade para suportar o peso com folga”, afirmou.

A empresa Cowan se defendeu e informou que as alegações são improcedentes. “Todas estas alegações prestadas pela Consol são ilações absurdas já trazidas anteriormente durante o andamento do inquérito policial e do inquérito civil do Ministério Público e que não correspondem a verdade, haja vista que restou provado pelo Laudo Pericial da Criminalística que a Cowan executou a obra conforme projeto da Consol recebido da Sudecap”, disse em nota.

Dossiê

A Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) pretende entregar um dossiê na próxima semana ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e à imprensa com documentos que esclarecem pontos do inquérito da Polícia Civil sobre a queda do Viaduto Batalha dos Guararapes. Das 19 pessoas indiciadas, oito eram funcionários da Sudecap. Em entrevista na tarde desta quarta-feira, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) negou que soubesse dos erros dos projetos e dos riscos de desabamento do elevado.

Inquérito está na Justiça

O inquérito sobre a queda da alça sul do Viaduto Batalha dos Guararapes deve ser encaminhado ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) nos próximos dias. O delegado Hugo e Silva entregou o documento de 1,2 mil páginas que indiciou 19 pessoas na secretaria do I Tribunal do Júri do Fórum Lafayette, na tarde desta quarta-feira. Na lista de indiciados estão três funcionários da empresa Consol Engenheiros Consultores Ltda., responsável pela elaboração do projeto da estrutura; oito da Construtora Cowan, que tocou a obra, e oito da Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap).


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