(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Bicicletas de programa compartilhado sofrem com depredação e esquecimento

Veículos ficam sem bancos e têm guidons danificados em ações criminosas. Usuários reclamam ainda da falta de manutenção da empresa responsável em BH


postado em 05/05/2015 06:00 / atualizado em 05/05/2015 08:03

Unidades na estação da Avenida Bernardo Monteiro estavam sem selins: associações apontam também problemas em freios e pneus(foto: Thiago ventura/EM/DA Press)
Unidades na estação da Avenida Bernardo Monteiro estavam sem selins: associações apontam também problemas em freios e pneus (foto: Thiago ventura/EM/DA Press)

Prazer em pedalar, tempo bom para curtir o passeio e, principalmente, muita segurança durante o percurso. Andar de bike precisa de tudo isso e muito mais. Porém, perto de completar um ano – o lançamento foi em 5 de junho –, o serviço de bicicletas compartilhadas em Belo Horizonte deixa muito a desejar: se há queixas quanto à falta de manutenção e gestão por parte da empresa permissionária, sobram atos de vandalismo contra as magrelas. O caso mais recente ocorreu no domingo, quando três unidades tiveram os selins arrancados na Avenida Bernardo Monteiro, esquina com Avenida Afonso Pena, no Bairro Funcionários, na Região Centro-Sul de BH.

“Ainda falta o sentimento de pertencimento por parte da população. As pessoas precisam ver as bicicletas como um bem público e não particular”, defende o integrante da Associação de Ciclistas Urbanos – BH em Ciclo, o estudante Augusto Diniz de Ulhoa. Ele diz que houve melhoras no sistema depois reuniões com a empresa permissionária, a BHTrans, gestora do contrato, e o Banco Itaú, patrocinador. “Em São Paulo, foi feito um trabalho de sensibilização com a população da área central da cidade e deu certo”, observa, convicto de que a experiência poderia ser repetida na capital mineira.

Até o fechamento desta edição, a empresa Serttel, com sede em São Paulo (SP) e permissionária do serviço em BH, não havia se posicionado quanto aos problemas apontados.

Muitos ciclistas criticam o estado das bikes postas à disposição de moradores e visitantes nas 40 estações da capital. Voluntário na Associação BH em Ciclo, Vinícius Mundim vê os dois lados da moeda. Além do tratamento nem sempre cordial dispensado às bikes, como guidom e selim arrancados, indicando furto, haveria falta de zelo da Serttel. “Fizemos um levantamento, há uma semana, e encontramos bicicletas com pneu furado, freio necessitando de reparos e outras questões que põem em risco a segurança do ciclista”, afirmou Vinícius.

“É uma situação muito triste, uma situação realmente problemática. Até um mês atrás, a situação das bicicletas era realmente crítica. A empresa não cumpre o edital e hoje só há 265 bikes nas estações, quando deveriam ser 400”, afirmou Vinícius. Outra falha verificada é que o sistema de liberação nas estações tem ficado frequentemente fora do ar.

NÃO POLUENTE
A iniciativa Bike BH para incentivar o uso de transportes sustentáveis e não poluentes foi lançada no Dia Mundial do Meio Ambiente, em 5 de julho de 2014, pela Prefeitura de Belo Horizontem tendo como maior atração o compartilhamento de bicicletas a baixo custo. Dois dias depois, elas se tornaram disponíveis para serem retiradas inicialmente em quatro estações em locais estratégicos da capital. Para começar, foram 40. Na época, às vésperas da Copa do Mundo, as autoridades municipais informaram que o objetivo era promover a integração entre o Move e o metrô.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)