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Estado de Minas

Secretaria de Saúde descarta ebola em paciente e UPA de Juiz de Fora é reaberta

A unidade ficou fechada por aproximadamente cinco horas. O paciente com sintomas da doença fugiu no local e ainda é procurado pelas autoridades


postado em 25/04/2015 17:33 / atualizado em 25/04/2015 19:17

A suspeita de ebola em um paciente atendido na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Norte provocou o fechamento do local por cinco horas e causou pânico entre os moradores de Juiz de Fora, na Região da Zona da Mata mineira. O paciente, que seria da cidade e chegou recentemente de uma viagem para Angola, na África, fugiu depois de receber os cuidados médicos. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) descartou a doença e informou que o morador está com sintomas de dengue e malária. O homem foi encontrado no início da noite.

A UPA foi fechada por volta das 12h, logo depois que o paciente, que não teve o nome divulgado, deu entrada no local. Segundo um funcionário, que não quis se identificar, o homem chegou recentemente de Angola com sintomas da doença. “Ele chegou de viagem da África na última terça-feira passando mal. Ele buscou atendimento somente neste sábado com sintomas, aparentemente, de malária. Trouxe até exames feitos no país para cá”, explicou.

Os médicos fizeram uma avaliação no paciente e resolveram levá-lo para o isolamento. “Quando já estava indo para o local isolado, conseguiu fugir. Estamos aguardando a captura dele”, comentou o funcionário. A unidade ficou fechada para atendimento até as 17h. O local só foi liberado depois que a Secretaria de Saúde descartou a doença. A unidade estava com aproximadamente 200 pessoas para serem atendidas no momento do fechamento.

Segundo o órgão, o paciente apresentou na UPA com dores na cabeça e febre alta, sintomas que não determinam o ebola. Outro ponto determinante é que Angola não é um local de transmissão da doença, por isso não é uma região de risco de transmissão. Técnicos do Estado estão em contato com a Secretaria Municipal de Saúde de Juiz de Fora. Eles orientaram que, quando o paciente for encontrado novamente, que passe por exames de dengue e malária. Pois, o país africano tem alta transmissão da doença. Além disso, a cidade mineira está com alto índice de focos do mosquito Aedes aegypti.

No início da noite, o paciente foi encontrado e levado para o Hospital Doutor João Penido, em Juiz de Fora, onde passou por exames médicos.

Outros casos suspeitos

Outros casos suspeitos da doença já foram registrados em Minas Gerais, mas nenhum confirmado. Em outubro do ano passado, um paciente deu entrada no Hospital São Sebastião, em Viçosa, também na Zona da Mata, com sintomas da doença. Ele chegou a ficar isolado por quatro horas. No entanto, tratava-se de um alarme falso e a suspeita foi descartada pelas secretarias de Saúde do estado e do município.

O jovem de 24 anos, que não teve o nome divulgado, participou de um congresso nos Estados Unidos. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES), durante 15 dias, ele passou pelas cidades de Nova York, Chicago e Dallas. Em um albergue, teve contato com um grupo de pessoas do Senegal, que não apresentavam indícios de doença. Ao retornar a Viçosa, no início da semana, ele apresentava febre alta, dor de garganta e erupções na pele.

Em novembro, o susto aconteceu em Belo Horizonte. Um chileno de 41 anos desembarcou no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em um voo vindo de Salvador. Ele passou mal durante a viagem e informou aos comissários de bordo a suspeita de estar com ebola. Imediatamente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi acionada e, quando a aeronave pousou, uma equipe já estava a postos para entrar no avião. A doença foi logo descartada. O que era ebola se transformou numa simples diarreia.

O vírus

O vírus ebola foi identificado pela primeira vez em 1976, no Zaire (atual República Democrática do Congo), e, desde então, tem produzido vários surtos no continente africano. Esse vírus foi transmitido para seres humanos que tiveram contato com sangue, órgãos ou fluidos corporais de animais infectados, como chimpanzés, gorilas, morcegos-gigantes, antílopes e porcos-espinhos. Em seres humanos o período de incubação pode variar de dois a 21 dias. Há cinco espécies de vírus, sendo o Zaire ebolavirus o que apresenta a maior letalidade, geralmente acima de 60% dos casos diagnosticados.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o recente surto do vírus é o maior desde que a doença apareceu pela primeira vez.


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