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Estado de Minas

Moradores tentam barrar construção de Umei em área verde no Bairro Castelo

Nesta quarta-feira, tratores da Prefeitura de Belo Horizonte que faziam obras de uma Unidade Municipal de Educação Infantil (Umei) no local foram impedidos de continuar os trabalhos por um grupo de pessoas


postado em 01/04/2015 16:59 / atualizado em 01/04/2015 17:06

Tratores fizeram a retirada de árvores e terra no terreno no Bairro Castelo(foto: Ricardo Guimarães)
Tratores fizeram a retirada de árvores e terra no terreno no Bairro Castelo (foto: Ricardo Guimarães)

Moradores do Bairro Castelo, na Pampulha, tentam, pela segunda vez, impedir a construção de empreendimentos em um quarteirão de área verde. Nesta quarta-feira, tratores da Prefeitura de Belo Horizonte que faziam obras de uma Unidade Municipal de Educação Infantil (Umei) no local foram impedidos de continuar os trabalhos por um grupo de pessoas. A Polícia Militar (PM) foi chamada e as intervenções continuaram. As famílias alegam que vão provocar o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para embargar a obra.

A luta para manter a área de preservação começou há dois anos. A PBH fez o trabalho de sondagem do terreno de sete mil metros quadrados, entre as ruas Castelo da Beira, Castelo de Castro, Castelo de Setúbal e Castelo de Lamego, para a construção de uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Na época, os moradores fizeram um abaixo-assinado com mais de 2 mil assinaturas e entregaram para o prefeito Marcio Lacerda (PSB). Eles alegaram que o local é área de preservação ambiental. As obras acabaram não acontecendo.

Na última semana, os moradores foram pegos de surpresa com a notícia da construção da Umei. “Fomos chamados para uma reunião com a PBH e eles falaram que a situação já estava definida. Iriam fazer a Umei. Não nos consultaram e só fizeram o encontro para avisar o que estava acontecendo”, afirma Ricardo Guimarães, representante dos manifestantes.

Na manhã desta quarta-feira, tratores com funcionários da prefeitura fizeram a retirada de árvores e terra do terreno. Os troncos foram colocados em um caminhão. Os trabalhos chegaram a ser interrompidos pelos moradores. “Viemos para o local e paramos a obra. A Polícia Militar (PM) foi chamada e nos mandou sair depois que os funcionários mostram a documentação aos policiais”, comentou Guimarães.

Os moradores afirmam que vão tentar embargar a obra. “Fomos hoje no MP, mas estava fechado em recesso. Vamos fazer o pedido para os promotores para parar a construção. Não somos contra a Umei. O problema é a arbitrariedade da Prefeitura. No local, são sete mil metros e vão usar apenas três. Queremos a garantia dos outros 4 mil restantes. Vamos brigar neste sentido”, diz Ricardo. A proposta dele é construir no local uma pista de cooper e instalar aparelhos de ginásticas.

A Prefeitura de Belo Horizonte informou, através de nota, que o alvará de construção foi emitido em 26 de fevereiro pela Secretaria Municipal Adjunta de Regulação Urbana e que não há nenhum impedimento ambiental no local. A adminsitração municipal ressaltou que o terreno não é área de preservação/Conservação ambiental, como alega os moradores.

O órgão ressaltou que a necessidade da obra foi baseada em estudos de demanda e que apontou um déficit de 813 vagas o que é inviável de ser atendido pela UMEI Castelo existente, que já possui uma extensa fila de espera. O novo empreendimento terá capacidade de atendimento para 440 crianças. As obras serão executadas por meio de Parceria Público Privada (PPP) e o custo total é de aproximadamente de R$3,8 milhões. O prazo de execução é de 12 meses.

Caminhões foram parados por moradores durante um protesto(foto: Ricardo Guimarães)
Caminhões foram parados por moradores durante um protesto (foto: Ricardo Guimarães)


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