(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Polícias Federal e Militar não têm ação no câmpus


postado em 28/03/2015 06:00 / atualizado em 28/03/2015 13:34

A segurança no câmpus Pampulha da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) depende apenas dos vigilantes particulares contratados pela instituição. As polícias Militar e Federal não reconhecem a área como de sua atuação sistemática, mesmo após a reportagem do Estado de Minas ter revelado que traficantes de drogas atuam no câmpus. A PM, por meio do 34º Batalhão, que é responsável pela segurança da região onde o câmpus está inserido, informou que não tem operações de combate à criminalidade previstas para a UFMG, por se tratar de território federal.

“Quando somos acionados, respondemos contra a ação criminosa em roubos e outros tipos de crimes, mas operações ostensivas não são preparadas por não se tratar de jurisdição da corporação”, afirmou o sargento Rogério Vale, do serviço de comunicação do batalhão.

Já a Polícia Federal, que tem por dever constitucional, segundo o artigo 144 da Constituição, “prevenir e reprimir o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins” e tem jurisdição sobre repartições federais, informou, por meio de nota, que “o local de ocorrência de crimes (Fafich) não fixa a competência para atuação da Polícia Federal”. A superintendência mineira da instituição, entretanto, informou que “tem trabalhado, juntamente com a Reitoria da UFMG, na busca de uma ação integrada, para prevenção e repressão do tráfico de drogas no Diretório Acadêmico da Fafich”, sem dar detalhess.

A atribuição de segurança dentro de qualquer repartição federal, como o câmpus da UFMG, é dever constitucional da Polícia Federal, de acordo com a análise do integrante do Núcleo de Estudos em Segurança Pública (Nesp) da Fundação João Pinheiro (FJP), Marcus Vinícius Cruz. “Me estranha esse posicionamento da PF, especialmente por ser essa a sua atribuição numa instituição federal”, afirma. Cruz diz ainda que não é por ser uma universidade um espaço de pensamentos mais ou menos democráticos que a lei não deveria ser seguida. “A aplicação da lei é dever do estado. Isso não é repressão de ideais ou atenta contra a democracia por se tratar de uma universidade. Se há indícios de crimes, a polícia tem de agir e tomar providências, em qualquer local que seja”, avalia.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)