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Estado de Minas

Acidentes diminuem em estradas melhores, mas imprudência faz mortes aumentarem

No Norte de Minas, cortado por duas das BRs que registraram aumento da letalidade, recuperação do asfalto se traduziu em aumentos de vítimas


postado em 20/03/2015 06:00 / atualizado em 20/03/2015 07:16

Serra de Bocaiúva é um dos pontos críticos da BR-135, que teve 20% menos desastres e 11,26% mais óbitos(foto: Luiz Ribeiro/EM/DA Press)
Serra de Bocaiúva é um dos pontos críticos da BR-135, que teve 20% menos desastres e 11,26% mais óbitos (foto: Luiz Ribeiro/EM/DA Press)

As BRs 135 e 365, que cortam o Norte de Minas, passaram por reformas e ganharam melhores condições de tráfego nos últimos anos. Porém, a melhoria do asfalto, que foi cobrada pela população durante anos, acabou trazendo uma conseqüência negativa: o aumento das mortes em acidentes nas duas rodovias, devido ao excesso de velocidade.

Conforme levantamento do Estado de Minas, nos dois trechos rodoviários, o comparativo entre 2013 e 2014 mostra que houve redução do número de acidentes, acompanhada de aumento no número de mortes. Na BR-135, ocorreu queda de quase 20% nos desastres em relação ao ano anterior. Por outro lado, houve aumento de 11,26% do número de mortes. Na 365 (que liga o Norte de Minas ao Triângulo Mineiro), entre um ano e outro, a quantidade de acidente recuou 17%, mas o numero de mortos subiu 11,11%.

Nessa quinta-feira, equipe do EM percorreu a BR-135 no trecho entre Montes Claros e Bocaiúva (km 370 ao km 420), um dos que mais registraram acidentes com mortes em 2014. No percurso, conforme levantamento da Polícia Rodoviária Federal, ocorreram 175 desastres no ano passado, com 162 feridos e 17 mortos. Um dos locais mais perigosos da BR é a Serra de Bocaiúva, como é conhecida uma sequência de curvas que exige dos motoristas cuidado redobrado e obediência à sinalização. Placas chamam atenção para os riscos da região, onde a velocidade máxima permitida de 60 quilômetros por hora nem sempre é obedecida.

As condições de tráfego na 135 melhoraram depois de reforma feita pelo Governo Federal nos últimos anos. A sinalização também foi reforçada. Porém, o maior problema passou a ser a soma de imprudência e excesso de velocidade, mesmo com a instalação de radares no trecho, conforme ressalta Gilvan Medeiros, inspetor da delegacia da Polícia Rodoviária Federal em Montes Claros.

O policial ressalta que nos acidentes em estradas bem conservadas, o índice de mortalidade é maior. “Quando a rodovia está em boas condições, o pessoal acaba abusando da velocidade, elevando a gravidade das batidas”, afirma o inspetor. “A recomendação é de que todos os motoristas obedeçam a legislação de trânsito e não excedam na velocidade. Não é por causa do asfalto bom que a pessoa deve se entusiasmar e pisar fundo no acelerador”, adverte. Medeiros lembra ainda que a ultrapassagem em locais proibidos é outro fator que contribui muito para acidentes com mortos.

Ainda de acordo com números da PRF, no trecho da BR-365 entre Montes Claros e Pirapora (km 0 ao 163) foram registradas no ano passado 21 mortes em 224 acidentes, que deixaram ainda 281 feridos. Um dos pontos mais perigosos da rodovia é a chamada “descida do Carrapato”, a cinco quilômetros de Montes Claros. Para reduzir o número de desastres, no ano passado, além da melhoria da sinalização foram instalados radares no local, com velocidade permitida de 60 quilômetros por hora.


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