De acordo com a mãe de dois estudantes, que preferiu não ser identificada, alunos e professores já não sabem o que fazer em relação aos problemas. A escola fica no Bairro Novo Horizonte e, durante o horário das aulas, é invadida por outras crianças que pulam os muros e fazem um verdadeiro tumulto no local . “Durante o horário de aula eles entram na escola todos os dias, as professoras mandam eles sair e eles xingam”, explica a mulher. Segundo ela, eles vão até um pé de goiabas no local e atiram frutas em alunos e professores. Além disso, transformaram a caixa d'água em uma “piscina”, onde também fazem suas necessidades.
O último caso de invasão aconteceu no fim de semana e é o quarto registrado neste mês, segundo a mulher. Na quarta-feira, quando os pais foram até o local se reunir para deliberar sobre o protesto, a sala de materiais pedagógicos ainda estava toda revirada. Um projetor e um aparelho de DVD já haviam sido furtados em outra ocasião.
Revoltados com a situação, os pais seguiram em passeata da porta da escola até a sede do executivo municipal. "A direção já procurou a prefeitura, pediu para aumentar o muro, mas nada é aceito”, explica a mãe, que ainda alega que a polícia já foi até o local várias vezes, e a situação continua.
A prefeitura informou que os manifestantes foram convidados a participarem de uma audiência com o Secretário Municipal de Governo, a Secretaria Municipal de Educação e o Comando da Policia Militar de Ibirité. Todos os presentes tiveram oportunidades de ponderar a respeito da segurança da escola. A prefeitura, por meio dos secretários presentes, firmou um compromisso de aumentar a vigilância patrimonial, aumentar os muros e estudar a possibilidade de instalar concertinas. Além disso, serão instalados circuitos de filmagem em todos prédios públicos.
Ainda conforme a administração municipal, o comandante da PM Tenente Wellington, assumiu um compromisso de implantar a Patrulha Escolar na região, aumentar o efetivo e aproximar a corporação da população. Além disso, será criada uma comissão de pais e professores que, junto com a prefeitura e a PMr irão discutir propostas e levar ao Ministério Publico para resolver a situação.