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Estado de Minas

Unesp abre sindicância sobre morte de universitário mineiro em Bauru

A medida foi determinada pela Assessoria Jurídica da instituição, que não informou a data de início nem o prazo para conclusão dos trabalhos.


postado em 04/03/2015 11:50 / atualizado em 04/03/2015 14:39

Humberto cursava engenharia elétrica na Unesp(foto: Facebook/Reprodução)
Humberto cursava engenharia elétrica na Unesp (foto: Facebook/Reprodução)
A Universidade Estadual Paulista (Unesp) vai abrir sindicância para apurar as responsabilidades pela festa que terminou na morte do estudante de Engenharia Elétrica Humberto Moura Fonseca, de 23 anos, no último sábado, em Bauru. Natural de Passos, no Sul de Minas, o jovem faleceu depois de consumir vodca em uma competição alcoólica.

O Ministério Público Estadual (MPE) também abriu inquérito para apurar o caso. De acordo com a Unesp, a Faculdade de Engenharia vai instalar uma Comissão de Sindicância para apurar como os fatos aconteceram.  A medida foi determinada pela Assessoria Jurídica da Unesp, que não informou a data de início nem o prazo para conclusão dos trabalhos.

A iniciativa, de acordo com a Unesp, tem o objetivo de investigar as irregularidades, apontar quais estudantes da instituição participaram da organização da festa e das competições com bebidas alcoólicas e punir os responsáveis. Os outros estudantes internados em coma alcoólico também teriam participado da competição.

Sem alvará

Para o MP, o evento era clandestino, pois não tinha alvarás para ser realizado e não obedecia à lei. A Promotoria suspeita de que as festas de estudantes se tornaram um negócio, com organizadores que obtêm lucros financeiros enquanto colocam a segurança dos frequentadores em risco.

O inquérito foi aberto pelas Promotorias dos Direitos do Consumidor, da Arquitetura e Patrimônio e da Criança e do Adolescente. Esse, porém, não é o primeiro inquérito sobre festas universitárias. Desde novembro de 2014, o MPE de Bauru apura, em outro inquérito, a realização de festas clandestinas na cidade. Duas delas chegaram a ser canceladas por liminares obtidas na Justiça.

Polícia Civil de Bauru decretou sigilo no inquérito que apura a morte de Fonseca e as lesões corporais nos outros estudantes. Por enquanto, dois estudantes respondem por crimes de homicídio e lesões corporais com dolo eventual (quando não há intenção, mas assume o risco). A polícia não divulgou o resultado do laudo toxicológico de um dos estudantes.

Problemas cardíacos


O laudo necroscópico do Instituto Médico Legal (IML) confirmou, nesta quarta-feira, que o estudante Humberto Fonseca tinha problemas cardíacos. Os exames confirmaram que a morte do jovem durante uma competição de bebidas alcoólicas em uma festa universitária foi causada de enfarte.

Os legistas constataram que o estudante era portador de doença cardíaca - tinha o coração dilatado e estreitamento nas coronárias - e que o consumo exagerado de álcool pode ter potencializado o problema, reduzindo a circulação do sangue para o coração e causando o enfarte que o matou. "É muito provável que o consumo excessivo de álcool tenha potencializado a doença pré-existente", disse o diretor do IML de Bauru, Roberto Carlos Echeverria.

O delegado responsável pelo inquérito Kleber Granja já tinha adiantado ao em.com.br na última segunda-feira que o laudo preliminar apontou problemas cardíacos no jovem. Porém, somente nesta quarta-feira veio a confirmação.


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